23 de Abril de 2025
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POLÍCIA Quarta-feira, 23 de Abril de 2025, 15:40 - A | A

23 de Abril de 2025, 15h:40 - A | A

POLÍCIA / LUTOU PELA PRÓPRIA VIDA

VÍDEO: Adolescente foi estrangulada com cabo de carregador e "colocada com cuidado" dentro de poço

Euziany Teodoro
Christinny dos Santos
Única News



Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, foi assassinada por estrangulamento, com o cabo de carregador de um celular, provavelmente dela própria. A informação é do perito criminal Aguinel Messias, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que esteve no local do crime e analisou as primeiras provas. Ainda segundo ele, Heloysa lutou pela própria vida, o que fica comprovado com as marcas de movimento do cabo em seu pescoço.

"Existia o sulco no pescoço, condizente com o cabo, ou todos os cabos que nós encontramos, em uma outra residência, no bairro Ribeirão do Lipa. Havia muitos, muitos desses cabos nesse local, bem como documentos da própria vítima, estava nesse local. Ela teve reação nesse momento, tanto é que o cabo oscilou verticalmente no pescoço, de acordo com a reação dessa pessoa. Ela tentou se desvencilhar, obviamente, mas não conseguiu com essa força por trás. Existe uma continuidade desse instrumento utilizado, e 4 centímetros, aproximadamente, de falta de continuidade. O que sinaliza que essa pessoa estava por trás, e realmente, realizou essa ação aqui, com um estrangulamento dessa pessoa", explicou o perito, em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (23).

O corpo da garota foi achado dentro de um poço de 8 metros de profundidade, local onde foi colocada com certo "cuidado", de acordo com o perito, içada por alguma espécie de cabo. Esse cabo teria se rompido em algum momento e o corpo da garota caiu no fundo, de altura aproximada de 3 metros, o que causou um ferimento no pé direito, post mortem, ou seja, ela já estava morta quando foi colocada naquele lugar.

"A ação não aconteceu ali. Ela chegou já sem vida. Visivelmente, uma pessoa, um agente, com o uso do cabo USB de celular, por trás, desenvolveu a ação. Primeiramente, chegou a informação que haviam jogado e nós reparamos que não era condizente com as lesões que percebemos. Eu falei pro delegado no local: olha, esse corpo não foi jogado em cima, aqui do ponto mais alto desse poço, mas ela foi descida, e depois, esse instrumento que se utilizou para descer, rompeu em algum momento, e aí sim veio a queda dela, aproximadamente uns 2, 3 metros, que causou uma lesão no pé direito dela. Essa lesão é pós-morte, ou seja, essa pessoa, quando chegou no local, ela já estava sem vida." 

Messias destaca que "o local do crime fala por si só" e, desta forma, a equipe da perícia percebeu que a jovem foi carregada até o local em um lençol, que foi encontrado ao lado do poço. Com isso, é possível concluir que os assassinos a conheciam, como de fato se confirmou com os presos.

"Percebemos, também, uma cerca de arame farpado e havia um pequeno fragmento de um tecido branco, condizente com o lençol que, possivelmente, ela foi transportada até esse local. No momento, eu percebi, o local do crime fala por si só, eu percebi que os sujeitos ali, os agentes que fizeram isso, não eram desconhecidos dessa pessoa, porque tomaram alguns cuidados para que ela não tivesse uma situação mais ainda (pior). O nível de psicopatia oscila, a criminologia nos explica isso, e naquele momento, preservou um pouco (o corpo). Tanto é que desceu ela com certo cuidado, mas teve a ruptura desse instrumento, e ela caiu de 3 metros, aproximadamente", afirma.

O crime

O mandante do crime é o namorado da mãe de Heloysa, Suellen de Alencastro Arruda, de 40 anos. O criminoso é Benedito Anunciação, 40 anos, preso por encomendar o sequestro e assassinato da adolescente. Benedito "contratou" o próprio filho, Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, que teve participação direta no assassinato, e dois menores de idade: J.L.F.G, de 17 anos, e J.V.P.B., de 16 anos, que foi preso na tarde desta quarta-feira, após 12 horas foragido.

Benedito agiu com frieza e cinismo. Ele chegou a fazer vários posts nas redes sociais procurando pela garota, a fim de despistar as suspeitas sobre ele. "Ajudem a divulgar o máximo que puder. Vamos ajudar a encontrar ela. Assaltaram a família, levaram o carro e a menina. Vamos sacudir Cuiabá e VG. vamos achar ela (sic)", escreveu Benedito nas redes sociais, já tentando emplacar a hipótese de latrocínio - roubo seguido de morte.

A mãe de Heloysa também foi espancada na ação e depois levada ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). A frieza de Benedito não parou por aí. Ele foi preso no hospital, acompanhando a mãe de Heloysa após as agressões, como se nada tivesse a ver com o crime.

A Polícia Militar foi acionada às 18h para atender uma ocorrência de roubo envolvendo reféns no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. No local, os militares foram informados que os criminosos haviam roubado o carro HB20 prata e levado Heloysa como refém. Rapidamente, os agentes deram início às investigações para saber o paradeiro da vítima.

As autoridades utilizaram as imagens das câmeras de segurança do programa VigiaMais MT para saber que caminho os criminosos tomaram com o veículo roubado, onde a vítima estava. As equipes descobriram que o veículo seguiu em direção ao bairro Ribeirão do Lipa.

Imediatamente, os policiais se deslocaram e identificaram que o carro passou próximo a uma região de mata, onde também foram encontradas as placas do HB20, arrancadas pelos bandidos. Os policiais então avistaram um lençol no chão, próximo a um poço de 8 metros de profundidade. Dentro do poço estava o corpo de Heloysa.

Ela estava morta, com as mãos e pernas amarradas.

 

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