Fred Moraes
Única News
O vice-presidente da Assembleia Legislativa Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Júlio Campos (União Brasil), explicou que para que ocorra a transferência de administração do Hospital Estadual Santa Casa de Cuiabá, do Governo do Estado para a Prefeitura de Cuiabá, se fará necessário a quitação de R$ 25 milhões oriundos de dívidas trabalhistas da antiga Santa Casa de Misericórdia, entidade que tocava o hospital.
Em entrevista à imprensa, Júlio Campos confirmou que a Assembleia quer ‘abraçar’ a proposta sugerida pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), mas para isso precisará desembolsar ao menos R$ 25 milhões que serão repassadas ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) quitando as dívidas para assim conceder a gestão a Prefeitura de Cuiabá.
Apesar de ser um número que chama a atenção, Júlio disse que a Assembleia Legislativa fez questão de levar a proposta de Abilio ao governador, que prometeu analisa-la minuciosamente.
“Ele esteve num almoço e fez o pedido para que intermediássemos com o governador do Estado, possibilidade de um aporte financeiro para a prefeitura adquirir o imóvel da Santa Casa que está mobiliado, equipado e continuar servindo saúde pública de Cuiabá’, achamos justo o pedido, levamos o pedido ao governador. Ele ficou de estudar, para a aquisição ser feita, precisará no mínimo de R$ 25 milhões para quitar encargos trabalhistas que a organização Santa Casa deve aos funcionários exonerados e não receberam encargos”, disse o deputado.
O deputado salientou que o secretário estadual de saúde, Gilberto Figueiredo, já se posicionou ser contra manter a unidade de saúde, porque segundo ele, todos os serviços oferecidos lá passaram a existir no Hospital Central, inaugurado em setembro.
“O secretário de Saúde é contra, acha que tem que encerrar as atividades porque o hospital central fará essas atividades. Alguns deputados, como o Carlos Avallone entende que a oncologia infantil que é muito bem equipada não terá condições de atender nem no Hospital do Câncer e nem no HC apenas lá. Se depender da Assembleia, daremos apoio de continuar a Santa Casa”, finaliza.
Atualmente, a instituição filantrópica é mantida com recursos do governo do estado desde 2019, por meio de uma requisição administrativa, além de apoio das esferas municipal e federal, e de doações da iniciativa privada”, explicou o parlamentar.
Ao Única News, o Gilberto salientou que o prédio da Santa Casa poderá continuar, mas não será administrado pelo estado e, caso não haja nenhum interessado em adquirir este patrimônio, provavelmente o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) vai colocar a leilão.
“As dívidas foram adquiridas pela antiga gestão, a Santa Casa de Misericórdia. Ou seja, quem deve é a antiga Santa Casa, não é o Governo do Estado. O TRT usará os recursos da venda, ou do leilão, para quitar essas dívidas trabalhistas”, concluiu.
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