Fred Moraes
Única News
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), ao comentar publicamente o chocante feminicídio de Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, clamou para que o Judiciário, ao julgar os quatro envolvidos no crime, ‘pese a mão’ e faça Justiça por tamanha barbárie friamente cometida.
Em entrevista à imprensa, Mauro afirmou que a notícia é estarrecedora e classificou o crime como “lamentável e dolorido”. O chefe do Executivo Estadual lembra que, assim que a Polícia Militar foi acionada para acompanhar o então sequestro, ordenou empenho total no caso, para que conseguissem resgatar a vítima ainda com vida. No entanto, foi surpreendido horas mais tarde com a morte brutal da adolescente, bem como o espancamento de Suellen Alencastro Arruda, de 40 anos, mãe da menor.
“Fomos surpreendidos com a informação do sequestro, na sequência a polícia foi acionada, eu fiquei sabendo e comuniquei aos nossos comandantes, força total, poucas horas depois descobrimos que foi cometido um feminicídio contra uma criança de 16 anos, lamentável e dolorido isso. Sei que cada pai, ou mãe, se sente no lugar da mãe, que também foi brutalmente agredida”, disse o governador.
Mauro pontuou que, apesar do desfecho trágico, já que antes de ‘raptar’ a jovem, o trio de criminosos já havia assassinado Heloysa, a atuação rápida dos agentes de segurança conseguiu elucidar o caso e prender as principais figuras do crime em poucas horas.
Mendes ainda pediu que o Judiciário cumpra o dever e responda positivamente os anseios da população, penalizando cada envolvido no assassinato.
“A polícia está de parabéns, poucas horas depois os criminosos foram descobertos e presos que a justiça seja feita, mas ela não é feita pelo executivo, eu venho falando há meses, que as leis estão frouxas e que criaram uma sensação de impunidade do cidadão brasileiro”, comenta.
Por fim, o governador reforçou a necessidade de um novo Código Penal para que as punições acompanhem o cotidiano da sociedade, já que o mesmo foi elaborado ainda na década de quarenta, sem modificações significantes.
“A violência está disseminada na cultura do pais, só vai mudar isso quando quebrarmos essa sensação de impunidade, o que quebrará isso é lei dura. As pessoas precisam temer a mão pesada da Justiça, não adianta prender e soltar na audiência de custódia, está na lei. Eu espero que o Congresso Nacional possa agir e mudar isso, não deixar que a sociedade brasileira, que tem um câncer na violência, fique refém de um código penal de 1940, com remendo”, conclui.
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