Cuiabá, 06 de Maio de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 07 de Maio de 2019, 13:28 - A | A

07 de Maio de 2019, 13h:28 - A | A

POLÍTICA / OPERAÇÃO SANGRIA

Em suposta delação, Huark aponta doleiros do Paraguai envolvidos em esquema

Euziany Teodoro
Única News



O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Correa, teria apontado, em suposta delação premiada que fecha com a Justiça Estadual, uma conexão com doleiros do Paraguai, que seriam responsáveis pela lavagem do dinheiro desviado por meio de contratos entre órgão públicos e as empresas Qualycare, Proclin e Prox Participações.

Huark, além dos médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer, sócios da empresa Proclin, estariam fechando delação premiada e, segundo informaram à Justiça, o dinheiro era enviado às contas de doleiros do Paraguai e voltavam a Cuiabá em espécie, com o uso de aviões de pequeno porte.

Segundo o Única News apurou, os valores desviados teriam abastecido campanhas eleitorais de diversos políticos no pleito de 2018. Estariam envolvidos deputados e vários vereadores e ex-vereadores de Cuiabá.

Nesta terça, o advogado de Huark Correa negou que ele esteja fechando colaboração premiada. Segundo ele, as notícias são falácias. “Não existe essa história de delação premiada. Não passa de notícia falsa. Falácia”, afirmou o advogado Hélio Nishiyama.

Huark, Luciano e Fábio deixaram a prisão na última sexta-feira (03), sob decisão da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Mendes. Segundo ela, as prisões preventivas puderam ser revogadas devido à “postura colaborativa dos acusados”.

“Assim, vislumbro, em juízo de cognição sumária, que a manutenção da prisão preventiva dos acusados é, atualmente, desnecessária, porquanto a garantia da ordem pública pode ser assegurada pelas medidas cautelares prevista no artigo 319 do CPP. Por isso, acolho os embargos de declaração, para sanar omissão e integrar a decisão para constar na determinação de substituição da prisão preventiva por mudanças cautelares", decidiu.

Operação Sangria

A primeira fase da operação Sangria foi deflagrada no dia 4 de dezembro de 2018, cumprindo 11 mandados de busca e apreensão. Nela, são apuradas fraudes em licitações para beneficiar empresas da área de prestação de serviços médicos em contratos com a Secretaria Municipal de Saúde e com o Estado de Mato Grosso.

Já na segunda fase, deflagrada no dia 18 de dezembro de 2018, foram presos o ex-secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correa, Luciano Correa Ribeiro, Fábio Liberali Weissheimer, Celita Natalina Liberalli, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo e Flávio Alexandre Taques da Silva.

Os crimes previstos pela operação Sangria são: fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros.

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