Marcella Magalhães | Única News
Thays Amorim | Do Local
“Vejo em Huark e nas suas atitudes um gesto de desespero e falta de caráter, ele mentiu”, afirmou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), nesta quarta-feira (1º), em relação as acusações feitas pelo ex-secretário de Saúde de Cuiabá. De acordo com Emanuel, Huark Douglas Duarte pode ter suas atitudes analisadas ao assinar e defender os contratos na Saúde do município junto ao Tribunal de Contas do Estado – TCE.
O prefeito lembrou que Huark foi nomeado em fevereiro de 2013, na gestão do prefeito Mauro Mendes (DEM), como secretário adjunto de Saúde, e o manteve no município por ser um bom técnico, além de ter como missão na época entregar o HMC à população da Capital. “Estou relembrando esses fatos para que não fiquem dizendo que o secretário é do Emanuel, já que ele trabalhou para o atual governador Mendes e também para o ex-governador Silval Barbosa”, explicou.
Antes de fechar uma delação premiada, o ex-secretário municipal de Saúde havia defendido as contratações temporárias em um procedimento junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). As contratações são assinadas diretamente pelos secretários municipais e não são competência direta do prefeito.
De acordo com as informações divulgadas, o TCE apontou que as contratações, sem processo seletivo simplificado e sem informações de controle, estavam irregulares e destacou a necessidade de concurso.
As supostas irregularidades, citadas por Huark ao Ministério Público Estadual (MPMT), resultaram no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). A defesa do chefe do Executivo destacou, na época do afastamento, que as contratações não eram responsabilidade direta de Emanuel e ajuizou recursos no Tribunal de Justiça (TJMT) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o afastamento.
Pinheiro foi reintegrado ao cargo na última sexta-feira (26), após ficar 37 dias sem exercer seu mandato, devido a Operação Capistrum.
O gestor municipal retornou ao cargo após o desembargador da Turma de Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Luiz Ferreira da Silva, autorizar a retomada, pois o magistrado afirmou que as diligências de apreensão dos documentos e equipamentos necessários já foram concluídas o que, portanto, já seria suficiente para revogar o afastamento.
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