Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Segunda-feira, 31 de Dezembro de 2018, 16:44 - A | A

31 de Dezembro de 2018, 16h:44 - A | A

POLÍCIA / NO ESTADO

Tragédias como bebê enterrado vivo e atropelamentos também marcaram 2018

Elloise Guedes



(Foto: Reprodução)

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O ano de 2018 ficou marcado por algumas tragédias que aconteceram em Cuiabá e região. Alguns casos teve repercussão nacional e foi transmitido nos principais veículos de comunicação do Brasil. 

 

Os principais casos são de estupro a crianças, feminicídios e acidentes. O site Única News separou alguns dos acontecimentos mais importantes da capital e do estado. 

 

1- Tio estupra sobrinha de 6 anos

 

Gelson José Costa Marques, de 27 anos, estuprou a própria sobrinha de seis anos, no dia 5 de maio, no bairro Jardim das Palmeiras em Várzea grande, região metropolitana. 

 

O acusado teria levado a criança em um terreno baldio ao lado da casa dos pais e avós, onde praticou o estupro. Após a ação, o tio tentou enforcá-la e a ameaçou dizendo que a mataria se contasse para alguém e que ele bateu sua cabeça contra o muro.

 

Segundo a mãe vários familiares estavam no local, vítima apareceu suja de mato e molhada. A mãe foi verificar e notou sangue na calcinha da filha, e a menina relatou em detalhes que o tio “Neguinho”, como é conhecido, teria feito.

 

No mesmo dia a criança foi encaminhada para o Hospital Júlio Muller com hemorragia interna, e logo depois transferida para o Pronto Socorro de Cuiabá, onde passou por várias cirurgias. 

 

2- Fotógrafa cuiabana é alvo de racismo 

 

A fotógrafa cuiabana Mirian Rosa, de 32 anos, registrou um boletim de ocorrência no dia 2 de maio, após ser alvo de ataques racistas na internet. Ela teria recebido áudios enviados pelo WhatsApp, com palavras de ofensas e racismo. 

 

Em conversa, Mirian revelou que os áudios foram enviados pelo telefone celular de uma antiga amiga, mas a voz gravada era de um homem.

 

Nos áudios enviados ele a comparava com um saco de lixo preto e carvão. “É o seguinte: vou queimar uma carne lá em casa. Preciso de você, como o carvão e o saco de lixo para recolher o que restar”.

 

Foram várias mensagens de áudios enviadas ao telefone de Mirian, todos com palavras de racismo e comparações a objetos. A juíza do caso, Valnice Silva dos Santos, proibiu o acusado de se aproximar da vítima e da sua família, guardando a distância mínima de 500 metros.

 

3- Índia recém-nascida é enterrada vida pela bisavó 

 

A bebê foi enterrada pela bisavó Kutsamin Kamayura, de 53 anos, com ajuda da avó, Tapoalu Kamayura, de 33 anos, no quintal da casa em que viviam em Canarana (a 635 km de Cuiabá). Elas cavaram uma cova de 50 centímetros nos fundos da residência, no dia 5 de junho, para enterrar a criança.

 

A mãe da recém-nascida, Maialla Paluni Kamayaura Trumai, de 15 anos, deu à luz por volta de 12h. Depois de cortar o cordão umbilical, a bisavó enrolou a recém-nascida em um pano e a enterrou no quintal. A bisavó foi presa no dia 6 de junho.

 

Vizinhos denunciaram o fato à polícia, que conseguiu resgatar a menina e encaminhá-la para atendimento médico.

 

A bisavó ficou presa por um tempo. Após investigações da Polícia Civil, a avó Tapoalu também foi presa, suspeita de participar da ação criminosa. Tempos depois a Funai pediu revogação da prisão preventiva de Kutsamin, que foi negado pelo juiz Darwin de Souza Pontes, da 1ª Vara Criminal e Cível do município, sendo o mesmo responsável que decretou a prisão da indígena.

 

O juiz também negou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. No entanto, autorizou a prisão especial a Kutsamin, por ser índia. Ela ficou presa em uma unidade da Fundação Nacional do índio (Funai), em Gaúcha do Norte (a 595 km de Cuiabá). Hoje em dia as índias vivem em uma aldeia usando tornozeleira eletrônica.

 

4- Mato-grossense é assassinada no Paraguai 

 

A estudante de medicina Erika de Lima Corte, de 29 anos, foi assassinada com 17 facadas, no dia 20 de agosto, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero que faz fronteira com Ponta Porã-MS. 

 

Erika é de Barra Garças (a 516 km de Cuiabá) e cursava medicina no Paraguai. Ela nasceu em Pontal do Araguaia (a 518 km da capital). A vítima era filha do ex-prefeito da cidade, Raniel Corte. 

 

Conforme informações, a brasileira foi esfaqueada no pescoço e no peito. O corpo da jovem foi encontrado por uma colega de dormitório, que não teve o nome divulgado. 

 

De acordo com a perícia local a vítima foi torturada e arrastada por vários cômodos da casa. O principal suspeito pelo crime o eletricista Cristopher Andrés Romero Irala, de 27 anos, que está preso.

 

5- MT é o quarto estado em número de casos de feminicídio no Brasil

 

Mato Grosso continua sendo o Estado onde mais mulheres são assassinadas. De janeiro até novembro, 70 mato-grossenses foram mortas. 

 

O feminicídio acontece por conta da condição de ser mulher, ou seja, no caso de violência doméstica ou no caso de misoginia. 

 

O assassinato de mulheres podem ser prevenidos se os agressores ficarem longes das vítimas, como determinam as medidas protetivas.

 

6- Chacina em Várzea Grande - Rixa de Facções

 

Em uma manhã sangrenta na cidade de Várzea Grande, no dia 3 de outubro, foram encontrados os corpos de duas jovens, , com as mãos amarradas no Rio Cuiabá, na região conhecida como ‘Carrapicho’.

 

As mulheres foram encontradas pouco tempo depois das informações de uma chacina também em Várzea Grande - no centro da cidade -, quando foram encontrados dois homens mortos e outros dois baleados.

 

Na chacina na região central, as informações são de que um veículo Renalt Sandero teria se aproximado de uma casa na rua Miguel Leite. Em seguida, os suspeitos invadiram o imóvel e atiraram contra as quatro pessoas que estavam na residência.

 

Três dos suspeitos de ter cometido a chacina estão presos.

 

7- Professora da UFMT atropela três jovens em frente a boate 

 

Na madrugada do dia 23 de dezembro, Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, estudante de direito e estagiária do Fórum de Várzea Grande, morreu após ser atropelada na Avenida Isaac Povóas, na porta da boate Valley Pub.

 

Ela estava acompanhada de Hya Giroto Santos, de 21 anos e o filho do procurador Mauro Viveiros, Ramon Alcides Viveiros, de 25 anos. 

 

Ramon ficou 5 dias internado no Hospital Amecor em estado grave. Na tarde do dia 28 de dezembro foi confirmado a morte do cantor que sofreu traumatismo craniano e não resistiu. 

 

Já a estudante Hya Girotto, que estava internada na UTI do Pronto Socorro de Cuiabá, foi transferida para o Hospital Geral Universitário e aguarda por uma cirurgia para desobstruir a artéria.

 

A professora Rafaela Screnci da Costa Ribeiros, de 33 anos, foi autuada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) qualificado pela embriaguez e lesão de trânsito qualificada por embriaguez por duas vezes. Ela passou por audiência de custódia e pagou fiança de R$ 9,5 mil e vai responder em liberdade.

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