Cuiabá, 07 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Quinta-feira, 02 de Dezembro de 2021, 17:09 - A | A

02 de Dezembro de 2021, 17h:09 - A | A

JUDICIÁRIO / TESTEMUNHAS FALTARAM

Audiência de médica que atropelou verdureiro na Miguel Sutil é adiada

Thays Amorim
Única News



A audiência, na esfera criminal, que decide sobre o julgamento da média Letícia Bortolini, que é acusada de matar atropelado, em maio de 2018, o verdureiro Francisco Lucio Maia, foi adiada nesta quinta-feira (02), após a ausência de algumas testemunhas do caso. A audiência que decide se a médica será levada a júri popular ou não foi redesignada para o dia 03 de março de 2022.

Essa foi a primeira vez que Letícia esteve frente a frente com o juiz da 12º Vara Criminal, Flávio Miraglia Fernandes. Algumas pessoas envolvidas no caso chegaram a ser ouvidas.

A filha do verdureiro, Franci Lúcio da Silva, afirmou na audiência que o pai trabalhava há 17 anos na mesma banca de verduras e era uma pessoa querida. Franci afirmou ainda que viu nas redes sociais da médica que ela estava em uma festa open bar antes do acidente.

"Já tinha 17 anos que ele trabalhava na banquinha. Durante 17 anos, nunca havia acontecido nada com meu pai. Era uma pessoa bem conhecida, bem querida. É um caso que marcou muito a população", pontuou.

A filha de Francisco afirmou ainda que chegando na delegacia, ela soube que Letícia, acompanhada do marido, o médico Aritony de Alencar Menezes, não prestaram socorro à vítima no local do acidente. Segundo a Polícia Militar, Letícia tinha sinais de embriaguez ao ser detida.

"Quando eu cheguei na delegacia tomei conhecimento que se tratava de um casal de médicos que tinha atropelado meu pai, não prestaram socorro e estavam em um open bar. Eu entrei no Instagram dela e vi ela segurando dois copos de chopp. Estava no Instagram, porém eu abri uma foto, tirei o print, e quando fui abrir a outra, ela excluiu. Ela até escreve nos comentários como [sendo a] Cervejaria Louvada", destacou.

Aritony afirmou ainda que Letícia não havia ingerido bebida alcoólica e que estava dormindo durante o acidente. Ele disse que a esposa não estava bêbada.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPMT), o casal de médicos esteve em um open bar das 14h às 19h30, ingerindo bebido alcoólica.

Entenda o caso

Francisco Lucio Maia foi atropelado e morto na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, em um sábado à noite, no dia 14 de abril de 2018. Letícia estava saindo de uma festa open bar com o marido, conduzindo Jeep Compass, quando acertou a vítima. Ela fugiu sem prestar socorro. Chegou a ser presa, mas pagou fiança e passou a responder em liberdade.

No episódio, Letícia foi detida sob suspeita de estar alcoolizada na ocasião do acidente. Ela estava acompanhada do marido, o médico urologista Aritony de Alencar.

A médica permaneceu presa por dois dias no presídio feminino Ana Maria do Couto May, quando teve o pedido de defesa acolhido pelo desembargador Orlando Perri, sob argumento de que ela teria um filho de um ano de idade. Além de exames não apresentarem evidências de embriaguez e possuir “bons predicados pessoais”.

Devido a isso, o magistrado autorizou a soltura mediante o cumprimento de algumas medidas cautelares. Entre elas, a de comparecer mensalmente ao juízo, não frequentar bares e clubes, não ingerir bebidas alcoólicas e entorpecentes, além de não se envolver em outros delitos.

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