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Juliano Cazarré revelou nesta segunda-feira (17) que o mais velho dos seis herdeiros, Vicente, foi adotado. O ator contou a história de seu filho aos seguidores após ser criticado por se posicionar a favor da PL do aborto, projeto de lei que propõe mudanças nas regras estabelecidas pela Constituição Federal sobre casos em que o aborto é permitido.
"Meu filho, Vicente, é adotado. Eu adotei o Vicente porque, quando eu reencontrei a Letícia, quando a gente se reencontrou para ficarmos juntos, para namorar e se amar - porque a gente se conhecia como amigos - Letícia estava grávida", contou Cazarré, que é pai de Vicente, de 14 anos, Inácio, de 11, Gaspar, de cinco, Maria Madalena, de três, Maria Guilhermina, de quase dois, e Estêvão, de três meses.
Continuou: "Uma gravidez que veio fruto de uma relação abusiva que ela vivia, o cara não queria ser pai, e uma das sugestões do cara foi: 'você não vai ter esse filho', e a Letícia falou: 'não preciso de você para nada, vou ter esse filho sozinha', e voltou para a casa dos pais. Quando a gente se encontrou, ela estava de cinco meses, e eu me apaixonei por ela e sabia que ia ficar com ela o resto da gravidez e seria o pai daquela criança".
"Depois que o Vicente nasceu, entrei com todos os processos legais para adotar o Vicente. Hoje, com muito orgulho, ele tem o meu nome, o nome do meu pai e da minha mãe no lugar de vô e vó. O vicente sabe disso desde quando ele nasceu, nunca foi um fato que eu omiti do Vicente. Ele sabe que em algum lugar ele tem um pai biológico e, se um dia ele quiser, ele vai poder conhecer e conviver com esse pai", disse o ator.
"Mas o Vicente só vai ter essa oportunidade porque ele nasceu. Porque a Leticia teve a honra de falar: 'eu vou ser mãe desse menino sozinha'.Olha só como é o destino: antes que a criança nascesse, eu apareci na vida dela. E esse menino não passou um único dia da vida dele sem pai, eu estava na Maternidade no dia que o Vicente nasceu", refletiu.
"Por mais desesperadora que seja a situação, a gente não sabe do futuro. A gente não sabe que graças o futuro e o destino podem nos trazer", avaliou. "Não contra o aborto, não contra a morte, porque isso sim é colocar um ponto final, uma coroa de fracassos, uma tragédia".
Posicionamento de Juliano Cazarré
O artista foi duramente criticado nas redes sociais após postar nos Stories do Instagram sua posição sobre o aborto legal, em meio à repercussão do projeto de lei (PL) proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), que quer mudar as regras já pacificadas pela Constituição Federal sobre os casos em que o aborto é considerado legal, como quando a pessoa que gesta corre risco de vida ou a gestação é fruto de casos de estupro.
"Todo aborto é o assassinato de um inocente. Então, mesmo nos casos mais extremos, como por exemplo, um estupro, o assassinato da criança não apaga o crime, não vai fazer com que aquele trauma vá embora, e é, na maioria das vezes, mais um trauma na vida de uma mulher já traumatizada. Após 22 semanas de gestação, o feto já tem a possibilidade de viver fora do útero, ou seja, de nascer e quem não quiser criar o filho, pode entregar o filho para adoção. A fila de pessoas querendo adotar um bebê é muito maior do que a oferta de crianças para serem adotadas", opinou.
No X, o antigo Twitter, não foram poucas as críticas à fala do ator. "'E quem não quiser criar o filho pode entregar o filho para adoção'. É assim que Juliano Cazarré defende PL que criminaliza mulheres vítimas da maior violência possível. Juliano tem 6 filhos e disse que terá quantos Deus mandar. Até hoje o ator nunca adotou nenhuma criança", havia detonado uma internauta.
"'A questão do aborto é uma praia nossa. Os rapazes pouco têm a sugerir, de preferência NADA. É o livre arbítrio feminino. Religiões não podem decidir por nós. A gente está lutando pelo básico. As mulheres é que tinham que decidir. Garotos NÃO APITAM' (Rita Lee)", postou outro internauta, resgatando um vídeo de Rita Lee.
Até José de Abreu teceu críticas ao colega de profissão. ”Reacionário do caralh0. Burro pra cacet3. Cego pela religião que nem entende”, iniciou José de Abreu. “Quando a religião abate a inteligência, acontecem esses abortos intelectuais”, acrescentou ele sobre Juliano, com quem já contracenou em 2012, na novela Avenida Brasil, da TV Globo.
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