Fred Moraes
Única News
A vice-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Maysa Leão (Republicanos), acredita que é possível a Prefeitura de Cuiabá realizar o mutirão da limpeza e algumas festividades ao mesmo tempo, para comemorar o aniversário de 306 anos capital, no próximo dia 8 de abril.
A vereadora criticou a programação apresentada pelo prefeito Abilio Brunini (PL), que pretende comemorar a data apenas com um mutirão de limpeza, com secretários e voluntários, alegando a calamidade financeira da cidade.
Em entrevista à imprensa, Maysa afirmou que embora a prefeitura tenha um déficit nas finanças, é possível programar especiais para o aniversário com recursos voltados à cultura ou em parcerias com empresas privadas na capital. Segundo Maysa, shows nacionais, além de girarem a economia, permitem o acesso à cultura de pessoas com menos recursos.
“Eu tenho um olhar muito diferente do prefeito em relação a isso, porque a festa é o alívio, principalmente do povo mais periférico. O momento de festa é um momento que as pessoas que enfrentam quatro horas de ônibus para ir para trabalhar, quatro horas para voltar, que passam sufoco no calor de Cuiabá, possam estar alegres, se divertindo. E nada impede que a prefeitura faça parcerias privadas, com entes privados, para poder garantir a festa para o povo que só vive de luta. Então, o meu pensamento quanto a celebrar o aniversário de Cuiabá, nós podemos fazer as duas coisas”, disse a vereadora.
A parlamentar esclarece que o mutirão solicitado pelo prefeito se refere aos quintais e ambientes privados, onde o poder público não pode entrar e ressalta a importância do movimento, até porque indiretamente leva conscientização sobre a epidemia de chikungunya e a necessidade de cada um fazer sua parte, mas que tal ato não impede a prefeitura de fazer outros tipos de comemorações.
“Eu penso que são duas coisas diferentes. O pedido de apoio para a população, ele não pode ser confundido com o se eximir da responsabilidade de limpar a cidade. Aqui, de fato, nós temos muitos terrenos privados com piscinas abandonadas, casas abandonadas, terrenos cheios de lixo, que são de responsabilidade privada. Então, quando ele pede esse mutirão, ele está falando do quintal da casa de cada um, do ambiente privado, que não é possível que o poder público adentre, e isso é necessário. A gente tem também como consciência de que vivemos uma epidemia de chikungunya, fazermos a nossa parte, e isso não exime o prefeito de fazer a parte dele”, pontua.
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