19 de Abril de 2025
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CIDADES Quinta-feira, 17 de Abril de 2025, 06:55 - A | A

17 de Abril de 2025, 06h:55 - A | A

CIDADES / CASO EMILLY SENA

Defesa de mulher que matou adolescente grávida pede reconstituição do crime

Em sua confissão, Nataly isentou o marido e outras duas pessoas que haviam sido presas em flagrante na casa quando o corpo de Emilly foi encontrado. Ela foi a única a se tornar ré no processo

Christinny dos Santos
Única News



A defesa de Nataly Helen Martins Pereira, ré confessa por matar a adolescente de 16 anos, Emilly Azevedo Sena, que estava grávida de 9 meses e roubar o bebê do ventre dela, pediu a reprodução simulada do homicídio. O objetivo é analisar se, de fato, a criminosa teria sido capaz de cometer todo o crime sozinha, sem ajuda de terceiros.

Grávida de 9 meses, Emilly saiu de casa no dia 12 de março e disse para o pai que buscaria roupas de bebê que havia ganho em Cuiabá, pois contava com as doações para montar o enxoval. Nataly a atraiu para uma emboscada, onde a atacou, realizou o parto do bebê de maneira forçada e a deixou morrer sangrando. Vinte e quatro horas depois, o corpo da adolescente foi encontrado em uma cova rasa no quintal aos fundos da casa de parentes da assassina, que posteriormente confessou o crime.

Com Emilly ainda desaparecida, Nataly, acompanhada do marido, Christian Albino Cebalho de Arruda, foi presa no Hospital e Maternidade Santa Helena tentando registrar uma bebê recém-nascida, que mais tarde descobriu-se ser filha da vítima, alegando ter parido em casa.

Em sua confissão, Nataly isentou o marido e outras duas pessoas que haviam sido presas em flagrante na casa quando o corpo de Emilly foi encontrado. Ela foi a única a se tornar ré no processo em que foi denunciada por oito crimes: feminicídiotentativa de abortosubtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.

Em resposta à acusação, os advogados de Nataly pediram a desqualificação de quatro agravantes imputados na denúncia do crime: meio cruel, recurso que dificultou defesa da vítima, tentativa de aborto e feminicídio. E pediram também que seja realizada a reconstituição do crime com a participação da Defesa, do Ministério Público e da autoridade policial.

A defesa de Nataly alega que os fatos atribuídos a Nataly são de altíssima complexidade, sobretudo levando em consideração o tempo necessário para imobilizar, asfixiar, realizar a incisão em Emilly, ocultar seu cadáver, e depois deslocar-se com a recém-nascida, e ainda ter realizado a limpeza do ambiente.

Diante disso, a reconstituição do crime pelas autoridades pode determinar se Nataly tem capacidade física e se teve tempo hábil para executar todo crime sozinha. Também se o local e a disposição espacial dos objetos e móveis são compatíveis com a dinâmica e se há divergências entre os depoimentos e a versão factual atribuída à ré.

O homicídio

Emilly morreu por hemorragia, após ser asfixiada com um fio de internet — que a deixou apenas inconsciente — e ter a barriga cortada com uma faca de cozinha. "E como ela estava viva, tirou o nenê enquanto ela estava viva. Ela foi agonizando e morreu", destacou a Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Dr. Alessandra Carvalho. A jovem morreu "exsanguinada", ou seja, perdeu todo o sangue de seu corpo. A hemorragia foi causada por dois cortes grandes feitos na barriga dela para retirar a bebê, em forma de "T".

Com Emilly ainda desaparecida, Nataly, acompanhada do marido, Christian Albino Cebalho de Arruda, foi presa no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar uma bebê recém-nascida, que mais tarde descobriu-se ser filha da vítima, alegando ter parido em casa. No entanto, a equipe médica foi bastante perspicaz e percebeu que a mulher não tinha sinais parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames.

Felizmente a bebê, chamada Liara, está saudável e será criada em guarda compartilhada pela mãe e marido e Emilly.

 

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