Ari Miranda
Única News
Em entrevista ao podcast Política & Política (Portal TV Única) na última sexta-feira (26), a pré-candidata a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL) culpou a precariedade do saneamento básico no município pela perda do título de “Cidade Industrial”, atribuído ao município entre os anos 1990 e início dos anos 2000.
Na visão de Flávia, a falta de água é um dos principais fatores que acabaram “afugentando” empresários e impedindo a vinda de grandes indústrias para o município, destacando que, mesmo com a construção e inauguração da Estação de Tratamento de Água (ETA) Barra do Pari, grande parte dos bairros da cidade ainda sofre com o abastecimento precário.
“Não tem água em Várzea Grande. Falam que [agora] tem água porque tem ETA, [mas] não tem rede de distribuição, não tem redes interligadas. Tem bairros que são abastecidos com poços artesianos e que na época da seca os poços vão secar e não vai ter abastecimento”, afirmou.
Sem citar nomes, Flávia destacou que a culpa do problema, que acabou se tornando um “rótulo” para a cidade de Várzea Grande, é da “perpetuação de poder” que ocorre no município, onde apenas um grupo ou indicados dele acabam se elegendo, atribuindo também a este fator a saída de empresas da cidade.
“A política lá é para se manter no poder (...), ela não é para fazer o desenvolvimento da cidade. O fato da cidade ter perdido o título de ‘Cidade Industrial”, ela não perdeu somente o título, ela se estagnou, ela tem falta do desenvolvimento econômico, tem falta do saneamento básico, água, rede de esgoto, e isso faz com que as empresas saiam do município ou nem sequer venham a se instalar”, enfatizou.
Além disso, a pré-candidata ressaltou que o fato da cidade ter sido eleita, por dois anos seguidos, um dos piores municípios no Ranking Brasileiro do Saneamento também acaba assustando os empreendedores, que acabam “atravessando a ponte” e se instalando em Cuiabá.
“Se você não tem um saneamento básico, uma rede de esgoto, uma captação de água para o empreendedor, que chegue água, que trate o esgoto, e que tem uma estrutura de mobilidade urbana viável para atrair o investimento (...), vai para a cidade do lado”, asseverou.
“Quase 80% da cidade atravessa para vir para Cuiabá. O várzea-grandense não consegue emprego em Várzea Grande, porque não tem vaga de emprego. Ele tem que disputar vaga de emprego com o cidadão de Cuiabá. Isso é prejuízo, porque perde-se renda, perde-se emprego, porque o cidadão desiste, ou o próprio empreendedor aqui não contrata porque mora longe, chega cansado, tem toda a questão do transporte público, da logística. Então, realmente, é uma cidade que estagnou, parou no tempo”, pontuou.
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