Thays Amorim
Única News
O deputado estadual Wilson Santos fechou sua filiação junto ao PSD, de acordo com o presidente estadual da sigla, o senador Carlos Fávaro, em entrevista ao Única News, na tarde desta segunda-feira (28). O ex-governador Júlio Campos está em negociações avançadas com o partido, mas ainda não oficializou a sua decisão.
Wilson estava filiado ao PSDB há mais de 20 anos, mas recentes atritos com a direção da sigla, além do partido ter sido esvaziado e sofrer um enfraquecimento político nos últimos anos, foram alguns dos motivos do parlamentar ter migrado de sigla.
Uma fonte do Única News, ligada ao partido, destacou que a sigla não possui mais do que sete candidatos a deputado estadual – correndo o risco de não disputar à Assembleia Legislativa (ALMT), com a chapa completa. A fonte informou ainda que não existe nenhum nome à deputado federal.
Por outro lado, em entrevista ao Única na última quarta-feira (23), Wilson enfatizou o seu histórico no partido e disse que queria ficar, mas não poderia colocar a sua candidatura à reeleição em risco.
“Quero ficar [no PSDB]. Mas eu não posso correr o risco que o Dante correu em 1990 no PDT, quando foi o federal mais votado do Estado e não se elegeu. O partido até este momento precisa se apresentar para os candidatos e ter uma chapa competitiva. Eu não vejo essa movimentação. Você vê alguém anunciar filiação ao PSDB? Eu já recebi vários convites. Eu torço para o PSDB montar uma chapa competitiva, se não montar, eu vou avaliar com a minha base qual a melhor opção”, disse.
Por outro lado, o governador Júlio Campos deve ser outro nome a se filiar. Contudo, o martelo ainda não foi batido e, por enquanto, o político segue no União Brasil.
“Só depende dele. Por isso eu falei que ainda não se filiou, só depende dele. Tem 50% de chance, da nossa parte está certa. Wilson está 100%, tanto da parte dele, quanto da nossa”, destacou o senador Carlos Fávaro, que comanda a sigla em Mato Grosso.
Júlio esteve na região oeste do Estado na última semana, dialogando com a base sobre o seu futuro político. O ‘cacique’ do extinto Democratas, que entrou em fusão com o PSL se tornando o União Brasil, demonstrou descontentamento com a condução dos trabalhos partidários e com a fusão do partido, sem diálogo com as bases.
“Estamos conversando com as lideranças que me apoiam. Já conversamos com o PSDB, já conversamos com o senador Fávaro, com o deputado Neri, do PP, com todas as forças políticas, e com o próprio governador Mauro Mendes. Do jeito que está sendo conduzido o processo sucessório, sem a nossa participação, está meio complicado. Estamos ouvindo”, disse Júlio, ao Única, na última quinta-feira (24).
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3