Fred Moraes
Única News
O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Júlio Campos (União Brasil), não gostou da Moção de Repúdio que a Câmara Municipal de Cuiabá apresentou contra o legislativo estadual, pela derrubada do veto que proibia os "mercadinhos" nas penitenciárias do Estado, nesta semana.
Em entrevista ao Única News, Júlio disse que não apenas rejeitou a moção, como também criticou a postura do legislativo municipal, chegando a utilizar a expressão "Casa dos Horrores" para se referir à Câmara, apelido antido devido aos escândalos e baixarias passadas no legislativo cuiabano.
Júlio defendeu a legalidade dos "mercados paralelos" dentro das penitenciárias, amparando-se na legislação federal e destacou que houve acordo entre os Poderes legislativo e judiciário para estudar uma forma de administrar os mercadinhos, evitando que as facções lucrem indiretamente com as vendas dos produtos e ofertem produtos supérfluos.
“A lei federal que rege o sistema penitenciário brasileiro assegura a presença de mercadinhos paralelos dentro das penitenciárias. Foi feito um acordo entre o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, Ministério Público e policiais, penais, civis e militaresque a existência do mercado dentro é para suprir a necessidade dos produtos que o Estado não fornece, que realmente tem certa razão. Agora, o veto que a Assembleia derrubou é constitucional, é legal”, disse o deputado.
Em um tom ainda mais crítico, Júlio Campos direcionou um recado direto ao legislativo cuiabano, utilizando uma expressão forte para descrevê-lo: Casa dos Horrores.
"Olha, se nós fôssemos criticar a Câmara de Cuiabá, vocês [da imprensa] têm um nome que se chama, como que chama? Casa dos Horrores. É. Nunca nenhum deputado estadual teve a coragem, nem o gesto de chamar a Câmara de Cuiabá de Casa dos Horrores, então eu acho que a Câmara agiu precipitadamente e uma grande maioria dos vereadores não concordaram, não abstiveram, não compareceram. Então, o que vem de baixo não atinge o poder legislativo estadual. Nós estamos acima disso", finalizou Campos, minimizando o impacto da moção de repúdio e reforçando a autonomia da Assembleia Legislativa.
Por fim, Júlio Campos abordou a questão da votação secreta que culminou na derrubada do veto. Ele argumentou que essa prática é constitucional e visa proteger os parlamentares de possíveis pressões.
"Será secreto sempre, porque é constitucional. Os vetos de presidente da República, de governador de Estado, de prefeito, têm que ser analisados em regime de votação secreta para evitar pressão, para evitar chantagem, evitar perseguição quando descontenta o regime titular do Executivo", declarou.
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