22 de Abril de 2025
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POLÍCIA Domingo, 23 de Março de 2025, 09:40 - A | A

23 de Março de 2025, 09h:40 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO FALSO PROFETA

Pastor faccionado utilizava "laranjas" para ocultar valores recebidos de extorsões a comerciantes

As investigações policiais apontaram ainda que o valores adquiridos estavam sendo remetidos para o grupo criminoso no Estado do Rio de Janeiro

Christinny dos Santos
Única News



O Pastor Ulisses Batista, faccionado alvo da Operação Falso Profeta deflagrada na última quinta-feira (20) por liderar um esquema de extorsão contra estabelecimentos comerciais que atuam na distribuição de água mineral em Cuiabá e Várzea Grande, utilizava contas "laranjas" para lavar o dinheiro. As investigações policiais apontaram ainda que o valores adquiridos estavam sendo remetidos para o grupo criminoso no Estado do Rio de Janeiro.

Funcionário de um supermercado e uma mulher, que recebe auxílio do Governo Federal, foram identificados como supostos proprietários de uma distribuidora de bebidas e de uma drogaria utilizadas como "laranjas" da facção.

Conforme a Polícia Civil, Ulisses recebia quantias voluptuosas das duas empresas e repassava os valores para integrantes da facção, um deles morador da cidade de Duque de Caxias–RJ. As transações da drogaria, por exemplo, não tinha aparente fundamentação. O CNPJ chegou a transferir, em uma única transação, R$ 234 mil para a conta do Pastor. Em checagem as contas da distribuidora também foram encontradas transferências em valores voluptuosos para o criminoso, uma delas de R$ 102.128,00, sem motivo aparente.

Empresas

As investigações apontaram que as empresas possuem capital social declarado com valores significativos, que podem chegar a R$ 800 mil, o que indica uma estrutura financeira robusta. Apesar disso, estas empresas estão em nome de pessoas de que levam uma vida "humilde" e provalvemente não recebem as grandes quantidades financeiras movimentadas no CNPJ. O que indica que podem estar sendo utilizadas como “laranjas” da facção.

Em relação à distribuidora de bebidas, foi identificado que a empresa está em nome do funcionário de um supermercado, que não recebe grandes quantias pela sua mão de obra e muito menos exerce atividade empresarial. Já a drogaria está em nome de uma mulher, mãe de quatro filhos, que recebe ajuda do Governo Federal e que vive em situação que não condiz com a de uma proprietária de uma empresa.

Em diligência presencial, a Polícia Civil confirmou que no endereço informado como da drogaria, não há qualquer estabelecimento comercial físico, fato que reforça a irregularidade da empresa e assim como possível uso do CNPJ para atividades irregulares.

Operação Falso Profeta

Deflagrada com base em investigações iniciadas em novembro de 2024, a Operação Falso Profeta tem o objetivo de desarticular um esquema de extorsão e lavagem de dinheiro praticado por uma facção criminosa contra estabelecimentos comerciais que atuam na distribuição de água mineral em Cuiabá e Várzea Grande.

As investigações conduzidas pelos delegados Gustavo Belão e Rodrigo Azem Buchdid identificaram o pastor U.B.S. como líder da facção criminosa e mentor do esquema de extorsão contra os comerciantes. O investigado está foragido no Estado do Rio de Janeiro.

A operação integra o planejamento estratégico da Polícia Civil no combate às facções criminosas, por meio da Operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, do Governo do Estado. Com assessoria 

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