Karine Campos
Única News
O delegado Caio Fernando Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, revelou em entrevista à imprensa na tarde desta quinta-feira (13), que Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, foi enforcada com um fio de internet e teve a barriga rasgada com uma faca de cozinha, para que seu bebê fosse arrancado do ventre. Enforcada, a jovem teria ficado inconsciente e sem mobilidade, desse modo, os assassinos conseguiram retirar o bebê ainda vivo.
Emilly foi encontrada enterrada em uma cova rasa, com as mãos amarradas, fios enrolados em seu pescoço e a barriga dilacerada a cortes feitos com arma branca.
O delegado afirma que não há indícios de que a jovem foi morta a facadas, porém, para retirar a criança, foi usada uma faca na barriga dela. “Queremos saber onde foi o ponto de imobilização dessa mãe, se há vestígios de sangue, entender onde começou a agressão até resultar na ocultação do cadáver”, disse o delegado em entrevista à imprensa.
Caio também não descarta a hipótese de o crime ter sido motivado para o tráfico de crianças, mas tudo isso ainda está sendo apurado pela Polícia Civil.
O delegado ressalta que, até o momento, os suspeitos não confessaram o crime e negam ter participado do assassinado da jovem.
A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) continua na casa onde o corpo foi encontrado, para investigar a dinâmica da execução macabra.
Crime e desfecho
A jovem Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, foi achada morta após 24 horas desaparecida em Cuiabá. A adolescente foi atraída por uma mulher para receber doações de roupas para o bebê e desapareceu desde então.
Após o desaparecimento de Emilly, Nataly Helen Martins Pereira (25), acompanhada do marido, o chef de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda, e da cunhada (nome não divulgado), foi presa no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar uma bebê recém-nascida, alegando ter tido um parto em casa.
No entanto, a equipe médica foi bastante perspicaz e percebeu que a mulher não tinha sinais de ter tido um parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames que apontaram que não havia sinais de parto ou mesmo de amamentação no corpo da mulher.
A recém-nascida ficou internada no hospital e o casal foi preso em flagrante.
Na manhã desta quinta-feira (13), a Polícia Civil fez buscas na casa de outro casal e o corpo de Emilly foi encontrado na cova rasa. Outras duas pessoas foram presas no local.
Ao ligar os fatos, os policiais constataram o envolvimento do casal no assassinato da jovem. Até o momento, quatro pessoas foram presas: o casal suspeito no Hospital Santa Helena e mais dois homens que estavam na casa. Um deles seria cunhado da mulher envolvida.
Ainda durante a apuração, a polícia descobriu que a suspeita usava grupos nas redes sociais para atrair as vítimas. Emilly, infelizmente, caiu no golpe.
As investigações continuam.
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