Ari Miranda
Única News
Em artigo publicado nessa semana, o comandante-geral da Polícia Militar em MT, coronel Alexandre Mendes, criticou as leis criminais do país, as quais classificou como “raquíticas” no combate à criminalidade, em especial às facções criminosas.
Para falar sobre o assunto, Mendes mencionou o duplo homicídio das irmãs Rayane e Rithiele Alves Porto, de 25 e 28 anos, ocorrido na cidade de Porto Esperidião (323 Km de Cuiabá), cometido por um grupo de 12 faccionados ligados ao Comando Vermelho na madrugada do último sábado (14).
Na publicação, Mendes enfatizou a banalidade do crime, cometido pelo simples fato das vítimas, que não tinham ligações com o crime organizado, terem sido mortas por publicarem nas redes sociais uma foto, fazendo o “sinal de 3 dedos” - que no mundo do crime faz alusão à facção rival dos autores duplo assassinato, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
“A decisão de amputar dedos, lacerar membros e transmitir em live a execução de mulheres indefesas, como vimos em Porto Esperidião, só acontece num país cujas leis e seu cumprimento são tão raquíticas [sic.] que servem de carta branca ao crime organizado”, disse o oficial da PM na publicação.
“Disso, podemos concluir que se quisermos acabar com essas atrocidades, devemos acabar com a impunidade”, completou.
Mendes destacou ainda que os enfrentamentos entre policiais e criminosos tem se tornado constantes em todo o estado, destacando que, enquanto escrevia o artigo, recebeu a notícia da morte de seis faccionados em confronto com agentes da Força Tática na manhã desta quinta (19), em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 Km de Cuiabá), próximo à fronteira com a Bolívia.
Para o coronel da PM, tanto o número de faccionados mortos no confronto na fronteira, quanto o número de presos por envolvimento nas mortes das duas irmãs, refletem o quanto o crime organizado tem se expandido em Mato Grosso, reiterando a ineficácia das leis do país para ajudar a refrear esse crescimento.
“Embora dever do Estado, a segurança pública é responsabilidade comum a todos. Se fracassa a lei em coibir, fracassam também pais e toda uma malha de proteção social que previne o crime e protege nossas crianças. Da mãe que embala o recém-nascido ao legislador, passando pelo policial ou professor, essa é uma guerra a ser combatida cada qual em seu front”, enfatizou.
(Foto: Reprodução/Internet)

As irmãs Rayane e Rithiele Porto, mortas por faccionados na cidade de Porto Esperidião, no oeste de MT.
O comandante geral da PM destacou que, nos últimos oito dias, esteve em viagem por MT visitando os quartéis da corporação, conversando com os colegas de farda e animando as tropas a não desistirem de combater a criminalidade, ante ao “protecionismo” das leis vigentes no país aos criminosos.
“É meu dever olhar no olho do policial que vive essa luta, com todos os seus riscos legais e perigos de vida. É meu dever ouvi-lo e orientá-lo ali no seu dia a dia. É meu dever ser acima de tudo, um soldado da sociedade que não se omite, dando testa no fragor dessa batalha que será, creio, vencida”, ressaltou.
"Não se trata de uma luta fácil, mas em concerto de esforços, como temos feito pela destra do nosso Governador Mauro Mendes e nosso Secretário [coronel Cesar] Roveri, Mato Grosso sairá vitorioso dessa guerra contra às facções que se dá em todo país e não se instalará com derrota em nosso Eldorado; jamais", pontuou
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