Luiz Anversa
Exame
Se você ou alguém que você gosta fala quase que exclusivamente com referências da internet, eles podem estar sofrendo de uma condição conhecida como brainrot - um estado de fixação ou obsessão extrema com algo. Nos termos da discussão de alguns assuntos da internet, seria mais como "podridão cerebral" mesmo.
O termo refere-se principalmente ao conteúdo, digamos, de baixo valor na internet e aos efeitos causados por gastar muito tempo consumindo esse tipo de assunto.
Segundo o New York Times, a discussão online sobre brainrot tornou-se tão difundida recentemente que alguns usuários de redes sociais começaram a criar paródias de pessoas que parecem ter a doença.
Vários vídeos da usuária do TikTok, Heidi Becker, mostram-na de frente para a câmera enquanto junta uma referência da internet após a outra de maneira rápida.
Acusar alguém de ter problemas mentais não é um elogio. Mas algumas pessoas demonstram uma pitada de orgulho em admitir a condição. Um questionário recente do BuzzFeed desafiando os leitores sobre curiosidades obscuras da internet tinha como título: “Se você passar neste teste de brainrot, seu cérebro estará 1000% cozido”.
Algumas contas de mídia social são dedicadas à criação de um subgênero de entretenimento. O usuário do TikTok “Fort History” pega clipes de filmes e programas de TV e os dubla com o jargão mais recente da internet, por exemplo.
Quando o termo surgiu e preocupações=
O termo “brainrot”, que apareceu já em 2007, pretende ser lúdico. Mas o seu aumento em popularidade está relacionado com o crescente reconhecimento de uma doença que os investigadores do Hospital Infantil de Boston chamaram de Uso Problemático de Mídia Interativa.
Algumas instituições já estão trabalhando nessa questão.
O Digital Wellness Lab procura compreender a utilização das redes sociais e criar padrões saudáveis para a mesma. Já o Newport Institute, um centro de tratamento para jovens adultos com problemas de saúde mental, começou a recrutar pessoas que sofrem de “podridão cerebral”. Em seu site, o instituto incentiva pais cujos filhos sofrem de “dependência” e “vício digital” a considerarem planos de tratamento.
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