Beatriz Gomes e Mariana Durães
UOL São Paulo
O X afirmou nesta terça-feira (8) que tem "orgulho de estar de volta ao Brasil" em publicação feita na própria rede social. A plataforma começou a ficar disponível novamente no país na noite desta terça após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
"O X tem orgulho de estar de volta ao Brasil", disse a conta oficial de Assuntos Governamentais Globais da plataforma. Na primeira publicação após a decisão de liberação, o X relatou que, durante o processo de bloqueio, a prioridade deles foi "proporcionar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável" novamente.
"Continuaremos a defender a liberdade de expressão", escreveram. Todavia, eles acrescentaram que isso ocorrerá "dentro dos limites da lei em todos os lugares onde operamos". A postagem foi escrita em inglês e português.
Até a última atualização desta reportagem, o bilionário Elon Musk, dono do X, da Starlink, Tesla e SpaceX, ainda não havia se manifestado na plataforma sobre o retorno ao país.
Retorno da plataforma será gradual
Apesar da determinação de Moraes, a plataforma ainda deve retornar de forma gradual para os usuários no território nacional. O ministro exigiu que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) adote as medidas para a volta da plataforma. A agência, conforme decisão, tem até 24 horas para comunicar a Suprema Corte sobre as providências tomadas para o cumprimento da decisão.
Entre as ações que deverão ser tomadas pela agência está notificar as operadoras de internet para desbloquear o X no Brasil. O desbloqueio não ocorre de forma automática e precisa da confirmação à Anatel para dar andamento ao processo. No território nacional são 20 mil operadoras e provedores de internet com autorização para prestação do serviço. Entre as gigantes do setor estão Claro (responsável por 20,4% do mercado), Vivo (14,2%) e Oi Fibra (9,3%).
Após a notificação, cabe às operadoras e provedores desbloquear a rede social para os clientes. A plataforma tem 22 milhões de usuários no Brasil e estava suspensa desde o fim de agosto.
A reportagem tenta contato com a Anatel e com a Conexis, que representa as maiores empresas de telecomunicações do país. Após usuários relatarem a volta da rede social, a Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações) informou não havia sido oficialmente notificada pela Anatel sobre o retorno do serviço. Segundo a associação, quando isso ocorresse, a liberação poderia ocorrer em questão de horas. "Caso a notificação seja recebida fora do horário comercial, alguns provedores poderão retomar o serviço apenas no início da manhã do dia seguinte", diz o texto.
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