22 de Abril de 2025
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POLÍTICA Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 11:26 - A | A

22 de Abril de 2025, 11h:26 - A | A

POLÍTICA / MERCADINHOS NAS PENITENCIÁRIAS

“Assembleia não vai aceitar que facções dominem”, garante Max Russi

Fred Moraes
Única News



Diante da grande repercussão após a derrubada do veto do Governo de Mato Grosso sobre a permanência de "mercadinhos" paralelos em penitenciárias do Estado, na Assembleia Legislativa, o presidente da Casa, deputado estadual Max Russi (PSB), explicou que o que foi aprovado no parlamento não se trata de nenhuma "regalia" aos presos, e sim algo assegurado na Constituição Federal.

Em entrevista à imprensa, Max disse que, conforme aprovado pela Assembleia, ficou determinado que os mercadinhos seguem em funcionamento, mas sem a venda de nenhum material ‘supérfluo’, ofertando apenas itens básicos, caso não sejam ofertados pelo Governo do Estado.

Max garantiu que a Assembleia fiscalizará os produtos vendidos e, em caso de descumprimento da legislação com produtos não inclusos na lista de utensílios básicos, serão fechados. Além disso, o presidente pediu aos integrantes da Comissão de Segurança Pública que observem os preços e se, de fato, o Ministério Público e Tribunal de Justiça estejam coordenando os mercadinhos para evitar que facções criminosas se utilizem deles para lucrar ilegalmente.

“A Assembleia não liberou venda de nada supérfluo dentro do presídio, muito pelo contrário. A Assembleia deu uma autorização que possa se vender o necessário. O que é o necessário? Um sabonete, uma pasta de dente, um absorvente para mulher. Agora, vai ter um sorvete, vai ter uma Nutella, vai ter um chinelo diferenciado? Se tiver isso a Assembleia vai cobrar. Nós temos uma Comissão de Segurança na Assembleia. Nós temos os deputados que vão fiscalizar e nós vamos estar em cima. Nós não vamos aceitar isso. A Assembleia não vai aceitar que se venda nada supérfluo dentro dos presídios. Nós não vamos aceitar que facções dominem isso”, contou o deputado.

Para Max Russi, proibir os mercadinhos seria uma forma de "segregação", já que em sua visão, apesar dos crimes cometidos, os presos necessitam de ações que promovam integridade para que logo sejam reinseridos na comunidade, bem como ter qualidade de vida no cumprimento da pena.

“Tem gente que acha que a mulher tem que ficar lá sem o absorvente, tem que ficar lá sem escovar os dentes, sem usar o sabonete. Lá nós temos crimes bárbaros e que a gente talvez gostaria que tivesse uma pena de morte ou algo nesse sentido, porque realmente são pessoas que não poderiam nem ir para a cadeia, mas nós temos pessoas lá que talvez já aconteceu de pessoas serem julgadas de forma injusta. Enfim, então nós temos todos os tipos de presos. Agora nós vamos segregar isso e não dar o mínimo. Nem sempre o Estado consegue atender todas as demandas. E quando não consegue, a gente tem que buscar algum mecanismo, alguma forma, no caso específico aqui, o básico do básico. Nada além disso”, concluiu o parlamentar.

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