Cuiabá, 05 de Maio de 2024

POLÍCIA Quarta-feira, 27 de Dezembro de 2023, 12:15 - A | A

27 de Dezembro de 2023, 12h:15 - A | A

POLÍCIA / CASO ZAMPIERI

Mulher que ordenou morte de advogado pode ser mandante de outro homicídio em MT

Maria Angélica Gontijo pode ter ordenado morte de gerente da fazenda Lago Azul, pivô da disputa entre jurista morto e a defesa da empresária mineira.

Ari Miranda
Única News



Reprodução

MARIA ANGÉLICA - MORTE GERENTE.jpg

Corpo do gerente Marcelo da Silva (detalhe) foi encontrado carbonizado dentro de sua caminhonete, em Julho deste ano.

A empresária mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo (40), presa na semana passada na cidade de Patos de Minas (MG), por agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, acusada de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri (56), passa a ser investigada agora pela Polícia Civil por possível envolvimento em outro homicídio em MT.

Segundo informações repassadas pelo Programa do POP (TV Cdade Verde), Maria Angélica passou a ser tratada também como principal suspeita no homicídio de Marcelo da Silva, gerente da Fazenda Lago Azul, na cidade de Ribeirão Cascalheira (782 Km de Cuiabá).

A propriedade em questão está no centro da disputa judicial que resultou na morte de Roberto Zampieri, e está em litígio entre Maria Angélica Gontijo e Evelci Rossi, este último cliente do advogado, morto com 10 tiros em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, no dia 5 deste mês.

Marcelo foi dado como desaparecido em 12 de junho deste ano, quando saiu da cidade de Querência (764 Km de Cuiabá), em uma caminhonete Chevrolet S10 rumo a Ribeirão Cascalheira, onde trabalhava como gerente de fazenda.

Segundo sites de noticias da região, familiares da vítima perderam o rastreamento da picape de Marcelo entre os dois municípios, na localidade conhecida como “Curva da Macaca”. O corpo da vítima, todavia, foi encontrado quase 20 dias depois, carbonizado dentro de sua caminhonete, no dia 1º de julho.

Conforme apurações, Maria Angélica teria registrado um boletim de ocorrência no dia 26 de agosto deste ano contra Marcelo, pelo crime de ameaça. De acordo com o documento, o caseiro constantemente enviava mensagens com conteúdo ameaçador à empresária via aplicativo WhatsApp.

VÍTIMA ADVOGOU PARA MANDANTE

As investigações da DHPP Cuiabá revelaram que, antes de defender Evelci Rossi, Zamperi advogou para Maria Angélica e, em janeiro deste ano, foi dispensado pela empresária.

Segundo Maria Angélica, a partir daí, as ameaças de Marcelo se intensificaram.

"Marcelo da Silva intensificou ameaças veladas, sempre utilizando terceira pessoa, enviando fotos de cova aberta e boletins de ocorrência de terceiros vítimas de emboscadas, afirmando que ela seria morta se não deixasse a situação quieta. Vizinhos estavam com medo das investidas deles (apresentou provas). A comunicante manifestou o desejo de representar e solicitou o apoio da Delegacia Civil na investigação", cita trecho do Boletim de Ocorrência registrado por Maria Angélica.

Reprodução/Redes Sociais

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Maria Angélica Caixeta, durante uma de suas visitas à Fazenda Lago Azul, em Ribeirão Cascalheira.

“CARTEIRADAS” E CALOTES

Ainda, segundo informações divulgadas no Programa do POP, nas visitas que fez à cidade de Ribeirão Cascalheira, Maria Angélica teria dado “carteiradas” na cidade, se apresentado a diversas pessoas como delegada da Polícia Federal.

Para isso, ela apresentava seu documento de porte de arma de fogo. E assim, a mulher contraiu várias dívidas pela cidade e deu “calote” em vários empresários.

Tal comportamento, segundo as investigações, fez com que Maria Angélica “conquistasse” muitos desafetos na cidade, principalmente dos comerciantes onde ela comprou e não pagou.

O ASSASSINATO DE ZAMPIERI

Roberto Zampieri foi assassinado por volta das 19h50 do dia 5 de dezembro, em frente ao escritório do qual era sócio, no bairro Bosque da Saúde. O jurista foi executado com 10 tiros de pistola dentro de sua picape, uma Fiat Toro de cor branca, no momento em que se preparava para ir embora, após o dia de trabalho.

O atirador, identificado como Antônio Gomes da Silva, ficou sentado em um toco de árvore em frente ao estabelecimento por mais de uma hora, aguardando a saída de sua vítima. Após o crime, ele fugiu.

No dia 20 de dezembro, Antônio foi localizado e preso em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. Horas depois, Maria Angélica foi presa em Patos de Minas. Já no dia 22, o instrutor de tiro Hedilerson Martins Barbosa, responsável por intermediar a contratação do pistoleiro e ceder a arma usada no crime, também foi preso, em um stand de tiro de Belo Horizonte.

As prisões foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP de Cuiabá e contaram com o apoio fundamental da Polícia Civil de Minas Gerais, que auxiliou desde a localização dos suspeitos até o suporte nas capturas.

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