Christinny dos Santos
Única News
Christian Albino Cebalho de Arruda, suspeito de envolvimento no assassinato da jovem Emilly Azevedo Sena, adolescente grávida de 16 anos, para roubar seu bebê, postou nas redes sociais um ultrassom falso, cerca de 5 meses antes do crime. A esposa dele, Nataly Helen Martins Pereira, que já confessou ter cometido o crime, disse que estava grávida no ano passado, mas teria sofrido um suposto aborto e procurava alguém que lhe "doasse" o filho.
Nataly afirmou ter cometido o crime sozinha e, por isso, Christian e outros dois suspeitos foram soltos na noite dessa quinta-feira.
Em outubro de 2024, Christian postou no story do Instagram uma foto do monitor de equipamento de ultrassom 3D com a imagem do rosto de um bebê na tela, no canto inferior da foto, ele escreveu "minha joia". A foto é a única fixada em destaque sob o título "Filha".
A foto, porém, é uma captura de tela de um vídeo publicado por uma clínica de medicina fetal e saúde feminina, localizada no estado do Rio de Janeiro. É possível notar fortes semelhanças tanto na "foto" do bebê que aparece no monitor, quanto no próprio ambiente da clínica. A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP) investiga se o crime foi premeditado e, se sim, há quanto tempo.
De acordo com a advogada de Christian, Ana Matos, Nataly planejou toda a gravidez falsa, inclusive com exames alterados e um chá revelação "fake".
“Ela fez todo um trajeto dos nove meses de gestação, teve chá revelação pra família, pudemos verificar exames alterados, até teste de (ultrassom) morfológica com a cara do bebê, mas sem identificação. Houve uma gravidez dentro de nove meses, planejada, pra dizer que existia um bebe lá dentro", disse.
Nataly, porém, confessou para uma pessoa próxima que havia perdido seu bebê. Capturas de tela, divulgadas pelo Programa do POP, mostram a conversa da mulher com uma amiga. Ela chega a dizer que não pode mais ter filhos e que estava procurando alguém que estivesse grávida e quisesse lhe doar o filho.
Entenda
Acompanhe o caso
Moradora de Várzea Grande, Emilly saiu de casa na quarta-feria (12) e disse para o pai que buscaria roupas de bebê que havia ganho em Cuiabá, pois contava com as doações para montar o enxoval do bebê. Então, não deu mais notícias. Vinte e quatro horas depois, ela foi encontrada morta em uma cova rasa no quintal ao fundo da casa de outros dois envolvidos, parentes de Nataly.
Após o desaparecimento de Emilly, Nataly, acompanhada do marido, Christian Albino Cebalho de Arruda, foi presa no Hospital e Maternidade Santa Helena, tentando registrar uma bebê recém-nascida, alegando ter tido um parto em casa.
No entanto, a equipe médica foi bastante perspicaz e percebeu que a mulher não tinha sinais de ter tido um parto recente. A suspeita foi confirmada através de exames que apontaram que não havia sinais de parto ou mesmo de amamentação no corpo da mulher.
A recém-nascida ficou internada no hospital e o casal foi preso em flagrante.
Na manhã desta quinta-feira (13), a Polícia Civil fez buscas na casa de outro casal e o corpo de Emilly foi encontrado na cova rasa.
Apenas Nataly continua presa.
Nesta manhã, o delegado Caio Albuquerque, da DHPP, concede coletiva à imprensa sobre o caso.

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