Mayara Campos
Única News
O autor do feminicídio da técnica em enfermagem Franciele Robert da Silva, 33 anos, pode ter a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva, devido ao risco que apresenta em cometer outros crimes. Junior dos Santos Igesca, de 36 anos, ainda ameaçou matar a filha, S.G.R.I, de 12 anos, que assistiu a morte da mãe. Ele disse à filha que foi humilhado pela mulher, e por isso a matou.
Segundo o delegado Olímpio da Cunha Fernandes Jr., da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi executado de maneira covarde, enquanto as vítimas estavam em casa, preparando-se para ir à missa dominical.
“Ademais, a natureza e gravidade do crime em tela, tendo-se por evidente que, assim como matou covardemente sua ex-esposa, mostra-se de extrema periculosidade, sendo imperioso que o mesmo seja mantido preso para a garantia da ordem pública, bem como para a conveniência da instrução criminal, sendo irrefutável o perigo de o mesmo ser colocado em liberdade, já tendo dito que mataria a própria filha de meros 12 anos de idade”, diz trecho do pedido de prisão preventiva.
Após assassinar a ex-esposa na frente da filha, o homem ameaçou e disse: “A sua mãe me humilhou, eu matei ela e agora eu vou me matar”. Em seguida, ele se feriu e disse aos policiais que havia tentando contra a própria vida.
Foto: Divulgação/Redes Sociais
Franciele Robert da Silva, de 33 anos, e a filha de 12 anos
O suspeito foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e, depois de atendido no Pronto-socorro de Várzea Grande, foi encaminhado pela Polícia Militar até a DHPP.
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Junior foi autuado em flagrante por feminicídio e homicídio. O ex-sogro, Aparecido José da Silva, de 67 anos, também atingido a facadas pelo suspeito, não resistiu aos ferimentos e faleceu na manhã desta segunda-feira (06).
Foto: Divulgação
A filha do casal, S.G.R.I, relatou em seu depoimento à PJC que viu o momento em que o pai pulou o muro da residência, partindo para cima dos presentes no local com uma faca nas mãos.
Em meios aos gritos, o irmão da menina de 12 anos conseguiu correr para outro local, enquanto a mãe e ela foram para dentro do quarto. Como o cômodo não possuía chave na porta, elas colocaram uma cama para segurar. No mesmo momento, Franciele ligou para a polícia.
Enquanto as duas permaneciam dentro do quarto, a criança narra que escutou o avô gritando: “Socorro, para com isso Junior”, enquanto tentava impedir o suspeito de invadir o quarto. Ela disse também que percebeu quando Aparecido foi atingido, pois ele gritou com muita dor.
Após esfaquear o ex-sogro, o assassino chutou a porta do quarto, empurrou a cama, e imediatamente foi para cima da vítima, em posse da faca. No mesmo momento, a filha pulou no pescoço dele, e tentou enforcá-lo, para defender a mãe, mas não foi suficiente para impedi-lo. A garota viu quando o pai desferiu diversas facadas na região da cabeça de Franciele, que caiu na cama.
A criança gritava “pelo amor de Deus, não mata minha mãe”, enquanto o homem desferia mais facadas na região do peito da vítima. Ela relatou que o peito da mãe ficou aberto, devido ao número de golpes.
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