21 de Abril de 2025
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JUDICIÁRIO Terça-feira, 25 de Junho de 2024, 16:27 - A | A

25 de Junho de 2024, 16h:27 - A | A

JUDICIÁRIO / CASO ROBERTO ZAMPIERI

Juiz manda devolver celular para viúva de advogado executado em Cuiabá, mas nega destruir dados

Celular da vítima estava em possa da Justiça Estadual desde dezembro do ano passado, quando jurista foi morto com 10 tiros no bairro Bosque da Saúde.

Ari Miranda
Única News



Em decisão proferida nesta segunda-feira (24), o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a devolução do aparelho celular do advogado Roberto Zampieri (56) à sua viúva.

O aparelho havia sido recolhido pela perícia na noite do assassinato do jurista, em 5 de dezembro do ano passado, quando Zampieri foi executado com 10 disparos de pistola 9mm dentro de seu veículo, em frente ao escritório, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

RELEMBRE: Advogado é executado a tiros no Bosque da Saúde em Cuiabá; veja vídeo

Desde meados de dezembro, a viúva do advogado buscava reaver o celular que pertencia ao esposo, bem como solicitava a destruição de informações contidas no aparelho e em um HD, que também foi recolhido junto com o telefone de Zampieri. Todavia, o magistrado negou o pedido para que os dados extraídos do celular e contidos em HD fossem destruídos.

O caso chegou até ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) protocolar uma reclamação quanto à atuação do ex-titular da 12ª Vara de Cuiabá, o juiz Wladymir Perri.

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Na semana passada, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, negou pedido semelhante da viúva de Roberto Zampieri, afirmando ainda que as cópias dos dados extraídos do celular do advogado estão salvas na “nuvem” do CNJ, em sigilo absoluto, e que as informações sobre a vida privada do jurista serão preservadas. Determinou ainda que o juízo de primeira instância analisasse o pedido da viúva.

Por entender que os dados foram copiados e integram os autos principais, o novo juiz da 12ª Vara concluiu que o aparelho celular não mais interessa ao Juízo.

“Nesse ponto, não há mais interesse em sua permanência vez que as cópias necessárias para a formação de provas e posteriormente deslinde do feito já foram extraídas, além disso foi informado tanto a minha pessoa como aos promotores de justiça que estiveram presentes no ato de cópia do HD, conforme determinado pelo CNJ, que o aparelho celular não tem mais possibilidade de cópia, salvo se tiver a senha, o que não é o caso”, destacou o juiz.

Por outro lado, Jorge Alexandre Martins indeferiu o pedido para destruição do HD, “haja vista que por ora deve permanecer cautelado, pois ainda há em trâmite inquérito para se apurar a conduta dos supostos mandantes do crime, cujas provas poderão ser úteis e necessárias”.

Ao final da decisão, o magistrado reiterou que as partes não terão acesso total aos dados copiados, apenas às informações que dizem respeito à morte de Roberto Zampieri.

O processo onde foi protocolado o pedido de devolução de bens tramita em segredo de Justiça.

(Reprodução/Montagem)

ROBERTO ZAMPIERI.jpg

Roberto Zampieri (detalhe) foi executado com 10 tiros na noite de 5 de dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

O CRIME

Roberto Zampieri foi assassinado por volta das 19h50 do dia 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, região nobre da capital. O jurista se preparava para ir embora para casa, quando foi executado com 10 tiros dentro de sua picape Fiat Toro, pelo pedreiro Antônio Gomes da Silva (56).

Estão presos o atirador, Antônio Gomes; o instrutor de tiro e intermediário do crime, Hedilerson Barbosa Fialho; e o financiador do assassinato, o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Caçadini Vargas.

As prisões, efetuadas na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO) da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP e contaram com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais.

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