Ari Miranda
Única News
Em decisão assinada nesta terça-feira (16), a juíza Ana Graziela Vaz, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, negou um recurso impetrado pelo advogado Nauder Júnior Alves Andrade e manteve a indicação a júri popular, por tentativa de feminicídio contra sua ex-namorada, em agosto do ano passado na Capital.
O crime aconteceu no dia 18 de agosto em um condomínio de Cuiabá. A vítima foi agredida pelo criminoso com socos, chutes e golpes de barra de ferro, segundo denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
Nauder saiu da prisão em maio deste ano, após decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
RELEMBRE:
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No recurso, Nauder, que advoga em defesa própria, disse que não existem provas nos autos do inquérito que demostrem sua intenção em tentar matar a ex-namorada.
O jurista alegou que, no dia dos fatos, tinha saído para comprar vinho e na volta, ele e a mulher estavam conversando e, inclusive, ambos teriam usado entorpecentes. Segundo Nauder, a ex-namorada começou a questioná-lo por algumas atitudes.
De repente, segundo o advogado, a vítima teria se descontrolado e partido para cima dele, com agressões.
“O que realmente se deu na data dos fatos é que o acusado se defendeu das agressões sofridas pela suposta vítima que tem o tamanho e força bem superior e acabou causando lesões corporais na vítima como também sofreu agressões”, alegou.
Apesar da tentativa, Ana Graziela Vaz refutou todas as alegações do acusado.
“Analisando detidamente as razões invocadas pela douta defesa, não vislumbro argumentação diversa da já apreciada por ocasião da prolação da sentença de pronúncia e nem justificativa para a sua reforma, razão pela qual mantenho a sentença de pronúncia por seus próprios fundamentos”, determinou a juíza.
O CRIME
Nauder foi preso no dia 18 de agosto de 2023, após tentar matar a namorada, com golpes de barra de ferro. O advogado aproveitou o momento que a vítima dormia para cometer o crime. O jurista foi preso dias depois, em uma clínica de recuperação.
Narra a denúncia que o casal namorou por cerca de 12 anos e que a relação sempre se mostrou conturbada, por conta do comportamento agressivo do denunciado em razão do uso de entorpecentes.
No dia do crime, o advogado e a namorada estava na casa da vítima já deitado, dormindo, quando por volta das 3h da madrugada, o advogado se levantou e foi até o banheiro para usar droga. Ao voltar para o quarto, tentou manter relações sexuais com a vítima.
Diante da recusa da jovem, Nauder iniciou uma discussão e passou a agredi-la com socos e chutes, além de impedir por horas que ela saísse de casa.
A vítima tentou fugir, mas a casa estava trancada e Nauder a ameaçava o tempo todo dizendo que “acabaria com ela”. Não satisfeito, ele pegou uma barra de ferro usada para reforçar a segurança da porta da residência e passou a golpeá-la e a enforcá-la. A vítima chegou a desmaiar e, ao retomar os sentidos, aproveitou a distração do namorado para pegar a chave e fugir. Ela foi agredida novamente, conseguiu fugir e buscar socorro.
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