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RADAR NEWS Quarta-feira, 27 de Setembro de 2017, 10:08 - A | A

27 de Setembro de 2017, 10h:08 - A | A

RADAR NEWS / CONSIDERAÇÃO

Por respeito, suplemente diz não querer ocupar sala de deputado preso

Da Redação



(Foto: Reprodução)

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Primeiro suplente da vaga de Gilmar Fabris (PSD) na Assembleia Legislativa (ALMT), Meraldo Sá, também do PSD, que assumiu a vaga nesta terça-feira (26), disse que não quer ocupar o gabinete de Fabris, que está preso desde o dia 15 deste mês por suspeita de obstrução da Justiça, em respeito ao colega.

 

"É difícil para mim porque assumo no lugar de um amigo que está preso. Também não sei por quanto tempo ficarei no cargo, então vou respeitá-lo e não vou usar o gabinete dele", afirmou Meraldo, que é ex-prefeito de Acorizal (a 59 km de Cuiabá), e ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

 

Ele disse que vai pedir à Presidência da Casa de Leis outra sala do prédio, onde irá despachar. "Sou solidário, mas o regimento prevê que devo assumir, então, vou assumir, mas quero que o presidente arrume outra sala para mim, para que eu não mexa das coisas dele. Não quero colocar o carro na frente dos bois. A vaga é dele, sou só suplente", declarou.

 

Essa é a segunda vez que ele assume vaga na Assembleia. Desta vez, disse que pretende acompanhar de perto a discussão sobre a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Teto de Gastos e os repasses da saúde para os municípios do interior do estado.

 

Fabris foi preso na operação Malebolge, desencadeada pela Polícia Federal no dia 14 de agosto, na 12ª fase da Ararath e que cumpriu mandados de busca e apreensão em 64 endereços, em três estados, Mato Grosso, São Paulo e Brasília.  O deputado estadual foi citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

 

Conforme a denúncia, o parlamentar junto com outros 23 colegas da Casa de Lei, receberam mensalinho para garantir apoio do Legislativo ao governo tanto de Blairo Maggi, hoje ministro de Agricultura e Pecuária, como de Silval.

 

Outro evento envolvendo o nome do deputado foi, segundo a delação, o recebimento de propina, no montante de R$ 8 milhões, para comprar cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Esquema que não foi concluído, pois conforme Silval, Fabris teria desistido.

 

Gilmar Fabris também foi gravado questionando o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Sílvio Cesar Corrêa, sobre a quantia de dinheiro recebida por ele. O montante fazia parte da propina paga aos deputados, como 'mensalinho'.

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