Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Segunda-feira, 16 de Setembro de 2019, 17:32 - A | A

16 de Setembro de 2019, 17h:32 - A | A

POLÍTICA / CÚPULA DO PSL

Barbudo diz estar triste com saída de Selma do PSL e tentará convencê-la a ficar

Euziany Teodoro
Única News



O deputado federal Nelson Barbudo, presidente estadual do PSL, lamentou a decisão da colega de partido, senadora Selma Arruda, de deixar a sigla. Selma anunciou que se filia ao Podemos, do deputado federal José Medeiros, na próxima quarta-feira (18).

Em entrevista ao VG Notícias, nesta segunda-feira (16), ele afirmou que tentará, ainda hoje, convencer a senadora a continuar no PSL. “Sempre disponibilizei, como presidente estadual, todo meu apoio. Neste momento fico muito triste em saber que o PSL pode perder a doutora Selma. Ainda tenho esperança. Em alguns momentos vou para Brasília e quero pedir a ela que repense. Ela é um baluarte, fez campanha comigo. Conheço a índole e a moral da doutora Selma. Tem moral ilibada”.

Segundo o deputado federal, o descontentamento de Selma é com a executiva nacional da sigla e não envolve o partido a nível estadual. “Não respinga em mim porque em nenhum momento ela falou sobre mim, ela fala sobre o PSL Nacional. Não tenho nenhum problema com doutora Selma. Tenho problema se ela não ficar, porque vou ficar muito triste.”

Ele teme que perdê-la pode causar uma debandada de outros filiados. “É uma pessoa que carrega muitos correligionários com ela. Estou muito preocupado, mas por outro lado tenho que ser fiel à minha proposta de acompanhar o (presidente) Jair Bolsonaro e não vou fazer pressão. Ela tem declarado os motivos e eu a respeito. Pressão não faz parte do meu vocabulário. E declaro, de público, que isso pode trazer, sim, algum desfalque ao PSL”, avaliou.

Selma Arruda tem revelado à imprensa que está descontente com o partido por não ter encontrado o apoio necessário no processo que cassou seu mandato e, agora, corre no Tribunal Superior Eleitoral, podendo deixar o Senado.

“O PSL é um partido que me incomoda, não apenas pela falta de solidariedade em relação a todo esse processo que eu estou enfrentando [de cassação do mandato], mas também em relação a essas pressões de membros do partido para tirar a assinatura do pedido de CPI da Lava Toga. Não tenho mais jeito de permanecer nesse ambiente.”

Na última semana, a senadora revelou que recebeu uma ligação de Flávio Bolsonaro em que o filho do presidente gritou com ela, reclamando do apoio à CPI da Lava Toga. Segundo Selma, o telefonema a fez decidir pela saída do partido.

“O partido não tem uma consistência ideológica própria. Não tem um formato de partido. Não é um lugar que tu encontres uma ideologia que não seja mero repeteco de algumas frases prontas. Tudo é culpa da esquerda. Todo mundo é comunista. Eu não dou conta disso. Não tem uma liderança. Não tem envolvimento nem sequer do próprio presidente da República. Ele não consegue se envolver com a gente.”

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