Cuiabá, 07 de Maio de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2022, 16:51 - A | A

28 de Janeiro de 2022, 16h:51 - A | A

POLÍTICA / ESTÁ COM COVID

Vacinado, Barbudo muda de opinião: “a gente viu que a vacina diminuiu as mortes”

Thays Amorim
Única News



Sempre envolvido em polêmicas, o deputado federal Nelson Barbudo (PSL) afirmou nesta sexta-feira (28), em entrevista ao Única News, que se vacinou e que acredita na finalidade do imunizante, de reduzir a gravidade dos sintomas da Covid-19. Na quinta-feira (27), Barbudo foi diagnosticado com a doença e destacou que está com sintomas leves.

“As coisas mudaram muito, a gente viu que a vacina diminui drasticamente o número de mortes, tanto é que, se eu não me engano, eu vacinei em outubro. Logo no começo eu não me vacinei, não tenho motivo para mentir. Aí, depois com as discussões em andamento [...] eu nunca falei que sou totalmente contra a vacina. Eu estava aguardando, vendo o que acontecia, as decisões do Ministério, da Organização Mundial da Saúde”, disse.

O parlamentar integra uma forte base de apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e desde o início da pandemia, defendeu o tratamento com hidroxicloroquina, apontada por muitos especialistas como ineficaz no tratamento da Covid-19.

“Estou tomando [a hidroxicloroquina], estou seguindo o protocolo do médico de Brasília. Estou tomando hidroxicloroquina, azitromicina, as vitaminas e os antibióticos. Fui sempre defensor e estou tomando a hidroxicloroquina”, disse, ao Única.

Questionado se recomendaria a vacina a Bolsonaro, Barbudo se esquivou e disse que a questão é meramente o pessoal. O bolsonarista apontou ainda que é contra o passaporte de vacina, que exige o comprovante de imunização para

"Isso daí é uma questão pessoal dele, eu não posso dar opinião. Agora, na questão de Governo, o Bolsonaro nunca foi contra, como eu. Eu também tenho a mesma opinião, eu acho que a pessoa que não queira se vacinar, o Estado não pode pegar na marra e vacinar. Eu me vacinei porque eu achei que a vacina protege”, enfatizou.

Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que em adultos imunizados com a AstraZeneca, com esquema vacinal completo, a redução de casos graves e óbitos está entre 80% a 90%.

Em relação à vacina CoronaVac, também considerando o esquema completo de duas doses, para casos graves e óbitos, os valores de efetividade estão na faixa entre 70% e 90%, enquanto a efetividade da Pfizer é de 80% a 90% com imunização parcial, ou seja, primeira dose, para adultos jovens (20 até 39 anos e 40 até 59 anos).

Ex-antivacina

Apesar da atual postura, em dezembro do ano passado, o parlamentar saiu em defesa da cloroquina, contrário à vacina, no Facebook. A rede social considerou a informação divulgada por Barbudo parcialmente falsa. "O que vocês acham? Condenam a cloroquina, que é utilizada há muitos anos, e querem nos obrigar a tomar uma vacina sem nem um ano de estudo. Eu não tomo vacina nenhuma", afirmou, em suas redes sociais.

Em sua defesa, Barbudo destacou que a vacina não impede a infecção e "deu o braço a torcer" em relação à diminuição dos casos graves.

"Se eu achasse que a vacina não valia nada, eu não tinha tomada. Eu entendi que ela não resolve 100%, como estão falando na mídia. Tanto é que tem pessoas com três doses e estão sendo infectadas, mas ameniza. Quando eu percebi isso, eu tomei a Janssen. E agora, depois de muito tempo, eu fui pegar. E parece-me que está indo muito bem, estou muito bem", afirmou, em entrevista.

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