Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Sexta-feira, 21 de Julho de 2017, 14:48 - A | A

21 de Julho de 2017, 14h:48 - A | A

POLÍTICA / SODOMA

Alan Malouf disse que não sabia que R$ 2 milhões fosse de propina

Da Redação



(Foto: Reprodução/Web)

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O empresário Alan Malouf disse que não tinha conhecimento que o dinheiro que recebeu, cerca de R$ 2 milhões, fosse oriundo de propina. O empresário é ouvido na tarde desta sexta (21), à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda.

 

Malouf depõe esta tarde em decorrência da quarta fase da Operação Sodoma que apura esquema envolvendo uma desapropriação no valor de R$ 31,7 milhões, em um terreno no Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, que pertencia à empresa Santorini Empreendimentos Imobiliários, na gestão do ex-governador Silval Barbosa.

 

Ele afirmou que o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, entregou uma quantia de R$ 1 milhão em cheques divididos em diversas vezes. E também, confirmou que recebeu cerca de R$ 600 mil pelo ex-secretário de Estado de Planejamento, Arnaldo Alves, em espécie. Conforme depoimento do empresário, Malouf achava que o recurso fosse apenas pagamento de dívida.

 

"Eu não sabia que o dinheiro era ilícito. Eu sei que o Estado pagava através de licitações, só que eu nunca fui contratado assim. Fui chamado pelo [ex-secretário] Éder Moraes, que disse que o ex-governador queria fazer um evento da posse e, naquele momento, o Éder disse que ia me pagar com verba de gabinete". 

 

Em razão do não pagamento de Eder, Alan Malouf disse que procurou Pedro Nadaf, no final de 2013, para tentar receber o valor. "Nadaf pediu para que eu fosse paciente e garantiu que iria pagar a dívida. Então aguardei, e ele começou a fazer os depósitos".

 

O empresário disse que nunca tratou do pagamento com o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Cursi, ou com o procurador aposentado Chico Lima.     

                                              

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), disse na tarde desta quinta (20), em depoimento à magistrada, que fez parte do esquema de desvio de R$ 15 milhões para saldar uma dívida com empresário Vadir Piran e Alan Malouf. Também foi ouvido, o empresário da Santorini Empreendimentos Imobiliários - proprietário do terreno.

 

"Esse é mais um processo que eu havia falado desde o início. A desapropriação veio de uma discussão com um ex-chefe da Casa Civi, Pedro Nadaf. Essa áerea foi feito com intenção de saldar uma dívida com o empresário Valdir Piran. Ele então sugeriu, por meio do procurador do Estado aposentado, Chico Lima, que esse processo já estava pronto, inclusive com a decisão judicial pronto para pagar. E isso então foi feito, fizemos uma reunião com Nadaf e Chico Lima e confirmou a possibilidade de fazer a liquidação", disse.

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