Procedimento não-invasivo e não-cirúrgico combate a flacidez das pálpebras    

Aline Almeida  

 

A área da dermatologia estética tem como grande aliada a alta tecnologia dos equipamentos para eliminar os sinais do envelhecimento causados pelo tempo. Dermatologista Karin Krause Boneti explica que procedimentos invasivos, como a blefaroplastia, cuja recuperação é lenta e os resultados demoram para aparecer, já podem, em muitos casos, ser substituídos pelo uso de tecnologias inovadoras, menos invasivas e com resultados mais rápidos. Uma dessas tecnologias é a do plasma fracionado, presente no “Plasmage”.

A novidade foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recentemente. O equipamento é um plasma de uso exclusivo médico, com diferentes tipos de ponteiras que, quando aproximadas da superfície da pele, sem tocá-la, fazem um processo de "sublimação": a pele na área da aplicação "evapora", causando a retração do tecido - o efeito "lifting". “Essa sublimação provoca pequenas marcas superficiais de forma controlada e temporária, que desaparecem após curto período de tempo”, destaca Karin.

A dermatologista enfatiza que o plasma é considerado o quarto estado da matéria, ou seja, é um gás composto por átomos que foram ionizados devido à uma forte energia que é aplicada e faz com que os íons se desprendam do átomo. Na natureza, alguns elementos se constituem de plasma, como o sol, a aurora boreal e o raio. Karin Krause enfatiza que o plasma é seguro e eficaz e os resultados são visíveis logo na primeira sessão. A técnica não tem corte, tem rápida recuperação e riscos mínimos de complicações (apesar disso, deve-se tomar todos os cuidados com a lesão para não causar infecção).

O  plasma também é um tratamento utilizado para rugas de contorno dos olhos (pés de galinha) e contorno dos lábios (ruga de código de barras), linhas de expressão, cicatrizes de acne, estrias, discromias superficiais, remoção de xantelasmas, fibromas e verrugas vulgares.  

BLEFAROPLASTIA SEM CORTE - BLEFAROPLASMA   A condição que faz com que os pacientes apresentem excesso de flacidez nas pálpebras, tanto superior como inferior, é chamada de dermatoclasia ou dermatocálase. A blefaroplastia sem corte é uma opção segura e eficaz para esse problema. Porém, é importante realizar uma avaliação minuciosa, porque alguns casos só podem ser resolvidos através da cirurgia. Para todos os outros, existe o plasma, que atua gerando uma leve e controlada lesão na epiderme, fazendo com que a recuperação dessa lesão estimule o fibroblasto a produzir suas proteínas: colágeno, elastina e glicosaminoglicanos. Em consequência a isso, a pele se torna mais firme e espessa, melhorando a flacidez cutânea, as rugas ao redor dos olhos e diminuindo o excesso de pele.

“O número de sessões varia e depende de como se apresenta cada paciente, porém, a recuperação entre elas é muito rápida e não gera complicações, se forem respeitadas as orientações do profissional que está aplicando o plasma”. A dermatologista ressalta que, geralmente, são realizadas três sessões quando a flacidez é intensa, duas sessões nos casos moderados e uma sessão nos pacientes que apresentam uma flacidez leve, com intervalos de 30 dias entre as sessões. Após isso, é importante realizar algumas sessões para manutenção, já que o processo de envelhecimento é contínuo.          

Karin Krause Boneti CRM: 5360 / RQE: 2760 é Dermatologista e Diretora Médica da Frèmissant Clínica de Dermatologia

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