Thays Amorim
Única News
O governador Mauro Mendes (União Brasil) chamou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de “maluco” e afirmou que a guerra entre o país e a Ucrânia terá impactos no Brasil e aos cidadãos mato-grossenses. Um dos efeitos imediatos do conflito foi o aumento do preço do petróleo, que deve impactar outros países e aumentar o preço dos alimentos, além de influenciar a compra e venda de fertilizantes.
“Lamentavelmente um absurdo, o que está acontecendo ali. Um maluco, o Putin, que está administrando um dos grandes países do mundo, a Rússia, não mais a União Soviética, um grande poderio bélico, resolveu invadir a Ucrânia, que é um dos maiores países daquela região, tem uma geopolítica complexa, a Rússia é grande fornecedora de Petróleo, de Gás Natural para a Europa, o que complica um pouco as retaliações econômicas, então é um xadrez político gigantesco. Vão ter consequências”, destacou, em entrevista na última terça-feira (08), ao programa Estúdio, da TV Cidade Verde.
O chefe do Executivo Estadual afirmou que um dos impactos será nos alimentos, que dependem do preço do diesel. Com a alta do petróleo, devido à instabilidade política e aos embargos à Rússia, as consequências devem afetar chegar ao prato dos cidadãos brasileiros.
“Daqui a pouco a Petrobras vai vir com os seus aumentos, já vieram tantas vezes aí, o preço vai para a gasolina, que vai para o diesel, que vai para a comida, que vai para a mesa da sua casa. A comida vai ficar mais cara aqui no Brasil por causa da guerra lá, por causa do petróleo, que é o preço do óleo diesel, que é o preço do transporte da comida, que vai para o preço do alimento que chega na mesa de todo mundo”, pontuou.
A alta do petróleo já é estudada pelo Governo Federal, que pode fechar um plano de socorro ao preço dos combustíveis ainda nesta semana. O impacto na geopolítica do leste europeu pode fazer com que o litro da gasolina no Brasil ultrapasse R$ 10. O preço do barril do petróleo ultrapassou U$$ 130.
Na conjectura de Mendes, outro setor afetado é o de fertilizantes. Segundo o Ministério da Agricultura, o envio do insumo pela Rússia ao Brasil ainda não foi afetado. Contudo, o cenário poderá sofrer alterações, com a exclusão dos bancos russos do sistema de finanças mundial.
“Muitos fertilizantes do mundo vêm daquela região, é um importante fornecedor, isso pode gerar complicações na cadeia. Ela [Rússia] foi suspensa da rede Swift, que é as transações bancárias entre os países em todo o mundo. Se você quer pagar, comprar, fazer pagamento, você não consegue. Então, vendas de fertilizantes serão comprometidas, navios vão atrasar, vão ter algumas consequências de resultados ainda não muito claros, porque depende muito quando isso vai cessar”, enfatizou.
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