Ari Miranda
Única News
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou nesta semana a fase final do teste de campo para implementação de câmeras nas fardas e veículos da corporação. Os testes já estão em andamento em cinco unidades estratégicas, nas cidades de Araguaína (TO), São José (SC), Uberlândia (MG), Cascavel (PR) e no posto policial de Sorriso, a 397 quilômetros de Cuiabá.
Conforme a Superintendência da PRF em Mato Grosso, 12 câmeras serão utilizadas pelo período de 30 a 150 dias na Unidade Operacional Sorriso. A previsão para implantação do equipamento em todas as unidades da instituição em MT deve ocorrer em 2025.
Segundo informações, os testes visam a captação, armazenamento e tratamento de imagens registradas pelas câmeras nos uniformes dos policiais e viaturas durante os trabalhos de rotina. As cidades selecionadas foram escolhidas levando em consideração fatores como densidade demográfica, localização geográfica e aspectos climáticos, conforme informou a PRF.
A testagem teve início no ano passado, com a implantação das câmeras corporais nos inspetores rodoviários, seguindo metodologias e estudos científicos. Luciano Fernandes, coordenador dos trabalhos e chefe da Divisão de Modernização e Tecnologias da PRF, destacou que a adoção das câmeras está alinhada com o processo de modernização da instituição, bem como a política de transparência da Administração Pública Federal.
Entre os benefícios esperados com a tecnologia, a PRF ressalta o aumento da transparência e responsabilidade nas operações policiais, aprimoramento da qualidade de provas coletadas durante atividades de combate ao crime, atendimento de acidentes e fiscalização de trânsito, além da proteção legal e redução de reclamações contra os agentes públicos.
Destaca-se também a expectativa de melhoria na integridade física tanto dos policiais quanto dos cidadãos abordados.
De acordo com Fernandes, a solução vencedora da licitação futura da PRF deve garantir a eficiência dos equipamentos e provedores de serviços em todo o país, considerando a diversidade de biomas, climas e realidades. “Desde grandes centros urbanos, como capitais e cidades-polo, até a vastidão da Amazônia”, explicou.
USO DO EQUIPAMENTO
O diretor-geral da PRF, Fernando Oliveira, disse que a política da PRF para o uso das câmeras estabelecerá que todas as interações dos agentes deverão ser gravadas. Em relação às viaturas, as gravações acontecerão sempre que estiverem a caminho de alguma ocorrência.
Oliveira disse que os inspetores serão responsáveis pelo acionamento das câmeras e que, a princípio, não haverá punição para aqueles que descumprirem a regra de acionamento.
A ausência da gravação, no entanto, poderá complicar a situação dos policiais, especialmente em ocorrências graves em que fique provado que houve dolo, ou seja, que a câmera não foi acionada propositalmente.
“Com o decorrer do tempo, o policial vai entender que é proteção e cada vez que for a uma abordagem vai querer a câmera gravando”, ressaltou
(Foto: Reprodução/Internet)

TESTAGEM
Cinco modelos de equipamentos de diferentes empresas estão sendo testados. Ao término desta etapa, a PRF lançará um edital para selecionar a opção que mais se adequa às funções dos inspetores.
Fernandes enfatizou que o objetivo não é apenas adquirir um produto, mas sim encontrar uma solução nacional para uma demanda histórica do país. “É um desafio à altura da PRF, que por sua vez, tem a dimensão do Brasil”, afirmou.
TECNOLOGIA EM OUTROS PAÍSES
Durante um ano, uma equipe de pesquisadores da PRF estudou mais de mil casos em todo o mundo e visitou 10 corporações policiais no Brasil, Uruguai e Estados Unidos.
Nos EUA, a PRF se reuniu com importantes forças policiais, como a Polícia de Nova York (NYPD) e a Polícia de Chicago (Chicago Police Department), além do sistema de condados da Flórida.
Segundo a PRF, um destaque especial foi dado à Patrulha Rodoviária do Texas, nos EUA (Texas Highway Patrol). Os “troopers”, como são conhecidos os policiais da corporação americana, compartilham muitas semelhanças com o trabalho realizado pela PRF no Brasil, incluindo patrulhamento de rodovias, combate à criminalidade e atuação na área de fronteira com o México.
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