Christinny dos Santos
Única News
O subtenente da Polícia Militar, Elias Ribeiro da Silva, de 54 anos, teve o contrato rescindido e foi exonerado do cargo de diretor da Escola Estadual Tiradentes, do município de Colniza. Ele foi preso nessa segunda-feira (24) pela morte de Claudemir Sá Ribeiro, de 26 anos, em um bar da cidade.
O crime aconteceu no domingo (23). Elias estava pagando cerveja para mulheres em um bar, quando uma delas revelou que Claudemir era seu ex-namorado. Em dado momento, ela saiu da mesa, cumprimentou a vítima e, posteriormente, deixou o local. Revoltado, o militar atirou e matou o rapaz. A cena foi registrada por uma câmera de monitoramento.
Ainda na segunda-feira, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) afastou Elias do cargo de diretor da Escola. Posteriormente, ele teve contrato rescindido.
Ao Única News, a Seduc explicou que Elias era, na verdade, coordenador disciplinar. Ele estava sendo nomeado diretor e já atuava como tal, mas não chegou a assumir o cargo formalmente. O militar tinha um contrato temporário com a Seduc, que foi rescindido logo após o crime.
Por enquanto, a escola será administrada pelo secretário da unidade, que já é encarregado de substituir o diretor quando necessário.
Entenda
O subtenente estava “bancando” cervejas para algumas garotas no bar, quando, durante a conversa, uma delas revelou ser ex-namorada de Claudemir. Sentindo-se incomodado, o militar apontou para a vítima e afirmou que ele seria membro de uma facção criminosa, mas a mulher negou e os dois discutiram.
Então, a garota saiu da mesa e, quando retornou, cumprimentou o ex-namorado e depois foi embora para não ter que continuar a conversar Elias. Uma funcionária do bar relatou que o militar estava "com raiva" da vítima há algumas horas, justamente porque ele estava pagando cervejas para várias mulheres, que depois de um tempo saíram da mesa dele e foram se sentar com Claudemir e o irmão dele, então ameaçou matar a todos.
Em dado momento, Elias vai até a mesa de Claudemir e após uma breve conversa, saca a arma e atira à queima-roupa no peito do rapaz. A vítima tentou fugir, mas morreu ainda no local.
O militar, segundo o delegado de responsável pelo caso, Ronaldo Binoti Filho, criou uma história fantasiosa. Em seu depoimento, o diretor da escola disse que ao sair do banheiro foi abordado por alguém dizendo que o “disciplina” de uma facção criminosa, que seria Claudemir, queria falar com ele, pois o Elias estaria oprimindo “irmãos da facção” no colégio militar.
Durante uma discussão, Claudemir teria se levantado e feito menção a sacar uma arma, obrigando o militar a reagir, disse Elias em depoimento. A versão foi desmentida pelas testemunhas e também pela imagem da câmera de monitoramento.
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