19 de Abril de 2025
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POLÍCIA Quinta-feira, 17 de Abril de 2025, 15:50 - A | A

17 de Abril de 2025, 15h:50 - A | A

POLÍCIA / CASO RENATO NERY

Militar preso em operação que investiga morte de Renato Nery é da Inteligência da ROTAM

Ele é um dos PMs suspeitos de intermediar o crime, repassando a arma de fogo para os indivíduos que executaram a vítima, e foi presa nesta quinta-feria (17)

Christinny dos Santos
Única News



O policial militar Ícaro Nathan Santos Ferreira, de 30 anos, um dos PMs presos durante a Operação “Office Crime — O Elo”, que investiga o assassinato do advogado Renato Gomes Nery, integra a equipe de Inteligência do Batalhão da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam). O outro alvo foi o ex-cabo da PM Jackson Pereira Barbosa, de 39 anos.

A dupla é suspeita de intermediar o crime, repassando a arma de fogo para os indivíduos que executaram a vítima, e foi presa nesta quinta-feira (17). Eles também foram alvos da Operação Simulacrum, deflagrada pela Polícia Civil em 2022, com objetivo investigar mais de 60 policiais suspeitos de matar 24 pessoas e simular confronto, na região metropolitana de Cuiabá.

Jackson foi afastado da PM no início de abril, quando foi flagrado agredindo um homem, que já estava rendido, com uma barra de ferro. O caso aconteceu nas proximidades da rua Olivério Porta, em Primavera do Leste. Além disso, ele é investigado em outro inquérito policial e responde a uma ação civil por improbidade administrativa.

Operação Office Crime

Além dos militares, o casal Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, empresários de Primavera do Leste, também foram alvos desta fase da operação. Os dois são apontados como os possíveis mandantes do assassinato e já haviam sido alvos da primeira fase da operação, em novembro do ano passado.

Também foram alvos da operação Simulacrum o 3º Sargento Leandro Cardoso e o 3º Sargento PM Heron Teixeira Pena Vieira, que, segundo a Polícia Civil, recebeu a missão de executar Nery e terceirizou para seu caseiro, Alex Roberto de Queiroz Silva. Eles são dois dos cinco militares que foram alvos de uma das fases da operação Office Crime, em abril deste ano.

Nesta fase, foram presos preventivamente os dois 3º Sargentos, o soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira, o cabo Wailson Alessandro Medeiros Ramos, e o caseiro de Heron.

O homicídio

Acompanhe o caso aqui

Renato Gomes Nery foi baleado na manhã do dia 05 de julho de 2024, em frente ao seu escritório, localizado na Av. Fenando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Pelo menos um, de sete disparos, atingiu a cabeça do advogado, que chegou a ser socorrido e passar por cirurgia, mas morreu no dia seguinte ao atentado. Desde então, a Polícia Civil já deflagrou ao menos três operações de busca e apreensão contra possíveis envolvidos.

Dezoito dias antes de ser executado, Nery procurou a OAB e registrou uma denúncia contra Antonio João de Carvalho Junior, colega de profissão e um dos alvos da Operação Office Crime, por um suposto “conluio” envolvendo também outros profissionais. Nesse processo, Renato acusou o colega de se apropriar e negociar uma área de 2.579 hectares, que ele havia recebido como honorários de uma de reintegração de posse de uma terra de 12.413 hectares, localizada no leste do estado.

Nery advogou no caso em 1988 e, desde então, lutava para obter a parte da terra a que tinha direito.

Ao deflagrar a primeira fase da Operação Office Crime, as autoridades confirmaram que a execução foi motivada pela disputa de terras.

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