Ari M iranda
Única News
O chef de cozinha Christian Albino Cebalho de Arruda negou, em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ter participado do assassinato da gestante Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, afirmando ainda que na quarta-feira (12), data em que a jovem foi morta, desconfiou das atitudes de sua companheira, a bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira (25), que assumiu a autoria do crime.
Conforme noticiado pelo Única News, o crime aconteceu no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. O casal foi preso na noite de quarta-feira (12), horas após o assassinato, no Hospital Santa Helena, no momento em que tentava registrar a bebê roubada da barriga de Emilly. A farsa foi descoberta após a obstetra que atendeu Nataly não notar nela indícios de puerpério – período pós-parto em que os órgãos genitais e o estado geral da mulher retornam às condições anteriores à gestação.
CLIQUE AQUI e leia tudo sobre o assunto
Em seu relato, Christian negou ter participado do feminicídio, afirmando que mantinha um relacionamento com Nataly Helen há cerca de 1 ano, destacando que de alguns tempos pra cá, vinha desconfiando de alguns comportamentos da companheira.
Ao delegado, o homem disse que usava seu celular compartilhado com a esposa e reparou, por diversas vezes em um aplicativo de mensagens, que havia conversas apagadas pela mulher, enfatizando que, ao questioná-la, ela simplesmente justificava que as mensagens apagadas se tratavam de "conversas de menina".
“Perguntado se o interrogando conhecia a vítima, respondeu que não; que não tinha conhecimento de que Nataly mantinha conversas com a vítima; que, como o celular era compartilhado entre ele e a Nataly, desconfiava, pois ela apagava algumas conversas, mas a Nataly falava que eram 'conversas de menina' e por isso apagava”, cita trecho do depoimento.
Christian disse ainda que nunca participou de nenhum dos supostos exames pré-natais feitos pela companheira. Porém, acreditava que ela estava realmente grávida, uma vez que a criminosa mostrava diversas fotos e exames de ultrassom.
“O interrogando seria pai pela primeira vez; que nunca acompanhou a Nataly em exames pré-natais, mas que ela apresentava fotos e exames atestando a gravidez; que pegava na barriga da Nataly e acreditava que ela estava grávida, mesmo”, aponta trecho do documento policial.
Além disso, conforme Christian, um fato chamou sua atenção na manhã da última quarta-feira - data do crime - foi o fato de Emily, em uma atitude bastante suspeita, ter dito a ele que, por volta de meio-dia, iria almoçar na casa de seu cunhado. Porém, segundo ele, no horário em questão, os parentes dela não ficam no local, o que o levou a pensar que Nataly estaria traindo ele com outro homem.
“Na data do fato, a Nataly falou que iria até a casa do Júnior almoçar lá; que o interrogando chegou a desconfiar e falou: 'Você vai almoçar com quem? Não tem ninguém lá', e acreditou que ela estava enganando ele e indo a outro local”, cita outro trecho do documento policial.
Após o depoimento, Christian foi solto pela Justiça na noite desta quinta-feira (13).
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3