Thays Amorim
Única News
O desembargador da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) Rondon Bassil Dower Filho, negou o pedido de liberdade do empresário Jhonatan Galbiatti Mira, de 26 anos, suspeito de espancar a ex-namorada com uma barra de ferro, numa "sessão de tortura" que durou cerca de quatro horas, no dia 19 de maio.
O juiz Roger Augusto Bim da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste (a 238 km de Cuiabá) havia decretado a prisão preventiva do empresário, que está foragido atualmente.
""(...)Feitas essas considerações, indefiro a liminar vindicada. (...)". Exmo. Sr. Des. Rondon Bassil Dower Filho, Relator", aponta trecho da publicação do TJMT. A decisão ainda não foi publicada na íntegra.
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Jhonatan esteve com a vítima por 6 anos, e durante todo o período foi agressivo. O Ministério Público Estadual (MPMT) alega que ele não tinha controle emocional e a sua namorada “manteve relacionamento abusivo com o representado” até setembro de 2020, quando pôs um fim no convívio.
Ainda segundo o MP, o relacionamento era “marcado pelo comportamento agressivo, destemperado e descontrolado do ex-namorado. Há relatos de sérias alterações, agressões verbais e vias de fato durante o relacionamento", aponta.
"Ao que consta, o empresário era extremamente ciumento e possessivo e buscava controlar, intimidar e submeter a vítima às suas vontades. Há relatos que durante discussões, o representado quebrava objetos em razão de seu descontrole", afirma o MPMT.
Os dois haviam voltado a se falar há duas semanas antes do crime, quando no dia 19 de maio se encontraram e a vítima foi para a casa do agressor. Na residência ele teria preparado um jantar romântico.
Depois de jantarem, já de madrugada, o criminoso pegou o celular da vítima e viu conversas dela nas redes sociais. Em uma crise de ciúmes passou a agredi-la. Ela foi forçada a destravar o seu celular para o agressor ter acesso as mensagens, e de acordo com seu relato à polícia, todas às vezes que o aparelho bloqueava, ela apanhava.
Com xingamentos e golpes na cabeça, mãos e olhos, a “sessão de tortura” durou quatro horas, começado por volta das 2h e continuado até às 6h.
Depois de apanhar muito, a jovem foi para a sua casa e, desorientada, chegou e dormiu. Durante a manhã a sua mãe entrou no quarto e a encontrou bastante ferida. Ela chegou a ficar inconsciente.
A mãe da vítima disse à polícia que o agressor abordou a sua filha falando que queria conversar com ela e a levou para a casa dele. Ao chegarem, ele teria ligado o som no volume máximo e tomou o celular da vítima. Ele teria ainda machucado o dedo dela, enquanto exigia que ela destravasse o celular e, depois de ver as mensagens, começou a bater nela, “inclusive usando uma barra de ferro. Conversava e batia. Ela ficava quieta porque estava com medo de morrer”, relatou a mãe da vítima.
Segundo ela, há uma pequena mancha no cérebro da jovem, sinal que foi detectado por meio de um exame médico. Além da marca no cérebro, o corpo da vítima carrega sinais das agressões sofridas no dia 19.
Diante do caso violento, o juiz Roger Augusto, que decretou a prisão, argumentou que essa não foi a primeira vez que o agressor bateu na vítima e que ele teria, inclusive, mandado mensagem para o pai dela, dizendo que “eu vou acabar matando a filha de vocês”.
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