Cuiabá, 06 de Maio de 2024

POLÍTICA Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2018, 20:00 - A | A

20 de Fevereiro de 2018, 20h:00 - A | A

POLÍTICA / NA CÂMARA

Zanata que tentou anular delação de Silvio deve depor na CPI

Wellyngton Souza



(Foto: Reprodução)

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O ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Alan Zanatta, deve depor nesta quarta (21), na CPI do Paletó, que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por suposto recebimento de propina e de obstrução à Justiça, na Câmara dos Vereadores.

 

Zanata gravou uma conversa com o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Cezar, com objetivo de beneficiar o prefeito da capital. O ex-secretário não fez delação premiada, mas é suspeito de obstruir a Justiça ao gravar Silvio na tentativa de inocentar Emanuel Pinheiro.

 

Um relatório da Polícia Federal apontou erros de transcrição e de sentido na perícia deste conteúdo que foi encontrado na casa de Emanuel, durante mandato de busca e apreensão, deflagrado na operação Malebolge, em setembro de 2017.

 

Na conversa, gravada por Alan e entregue a Emanuel, o ex-secretário e o ex-assessor comentam sobre a gravação feita por Sílvio em que deputados e ex-deputados, incluindo Emanuel, aparecem recebendo maços de dinheiro no Palácio Paiaguás, supostamente a título de propina para apoiar a gestão de Silval.

 

De acordo com a PF, o parecer técnico de transcrição de áudio - elaborado pelo perito Alexandre G. Perez – contém vários pontos com possíveis erros de transcrição, “a maioria sem mudança contextual importante (o que indica que se trata de meros equívocos ou erros materiais na transcrição)”. 

 

O presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (PSB), declarou que com a oitiva de Zanata, a investigação pode ganhar novos desdobramentos. “Fatos novos podem ser trazidos e contribuir para novos desdobramentos. Se necessária, podemos ampliar a CPI para mais 120 dias. Esperamos conquistar fatos novos durante depoimento do ex-secretário”.

 

Emanuel Pinheiro foi citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, sendo um dos deputados, em 2013, beneficiados com propina para aprovação de contas da antiga gestão. O conteúdo da delação foi homologado no Supremo Tribunal de Justiça (STF), em agosto.

 

Entre as provas, Silval entregou uma série de vídeos em que deputados recebem maços de dinheiro de Silvio Cezar. Pinheiro aparece nas imagens guardando maços de dinheiro em espécie nos boldos do paletó – origem que deu nome à CPI na Câmara.

 

A CPI é formada pelos vereadores Marcelo Bussiki (PSB), Adevair Cabral (PSDB) e Mário Nadaf (PV), que ocupam os cargos de presidente, relator e membro da comissão, respectivamente. Eles apuram se Emanuel Pinheiro cometeu quebra de decoro e obstrução da Justiça. Ao todo, os membros terão 120 dias para encerrarem as investigações.

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