Cuiabá, 08 de Maio de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 07 de Novembro de 2018, 14:32 - A | A

07 de Novembro de 2018, 14h:32 - A | A

POLÍTICA / TUDO POR VINGANÇA

Wilson: Malouf fez delação por não entrar no governo de Taques

Luana Valentim



(Foto: Roger Perisson)

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O deputado estadual, Wilson Santos (PSDB), em entrevista ao Site Única News declarou nesta quarta-feira (7), que a delação do empresário Alan Malouf é praticamente uma vingança, pelo fato do governador Pedro Taques (PSDB) ter rejeitado, por pelo menos por cinco vezes fazer negociações com as empresas da família Malouf.

 

Durante sessão nesta terça-feira (6), o deputado iniciou uma série de respostas em defesa de Taques, de acordo com o parlamentar, documentadas, que irá fornecer sobre a delação. Elencando, motivos e negociações fracassadas que o empresário tentou fazer com o governador, o que pode ter resultado, pelo descontentamento de Malouf, a colaboração no Supremo.

 

Wilson também avaliou que o pedido de afastamento de Taques – protocolado pela deputada Janaina Riva (MDB) -, na verdade, é um ato intempestivo e um “risco n’água”. Não havendo, para ele, fundamento, ao considerar os argumentos usados pela deputada emedebista [ao todo 10] como frágeis e que a documentação apresentada por ela, inclusive, seria inconsistente. Ou seja, ‘não se sustenta’.

 

“Então nós começamos ontem[terça] e rebater a delação ponto a ponto. Como desvelar que o empresário Allan Malouf tentou fazer negócios com o governo Taques e ontem eu pontuei cinco que ele tentou e não conseguiu nenhum”, relatou.

 

Wilson pontuou que a primeira tentativa do empresário foi quando tentou receber mais de R$ 150 milhões de indenização de uma fazenda de mais de nove mil hectares em Barra do Garças (a 516 km de Cuiabá). 

 

A indenização foi reconhecida pela Justiça no valor de R$ 42 milhões, porém, ao somar com os juros e ao fazer as atualizações financeiras, o montante ultrapassou os R$ 150 milhões. Com um montante alto e um Estado em dificuldade, claro, o governador se recusou a pagar.

 

Depois  Malouf participou de uma concorrência para fornecer alimentação aos presídios, cadeias e delegacias com a empresa Novo Sabor. Disputando sete lotes, sendo mais de 50 ofertados, mas ele perdeu todos.

 

Wilson ainda destacou que o empresário participou com a Agência de Publicidade  Mercatto, que pertence a sua irmã Abel Malouf, em uma disputa entre 22 agências, onde seriam contratadas apenas cinco. E a empresa acabou perdendo, ficando em 7º lugar.

 

Em outra tentativa de entrar no governo, Alan se aliou ao primo Giovanni Guizardi, ao tentar ganhar uma concorrência no programa ‘Escola Legal’, no valor de R$ 22 milhões. E o governo também anulou a licitação.

 

Outra tentativa frustrada citada pelo tucano, foi com o Buffet Leila Malouf [de quem Alan é sócio com outra irmã] para fornecer serviços de buffet ao governo. E mesmo sendo o único concorrente, naquela licitação, na modalidade de pregão, também perdeu, por falta de condições técnicas.

 

“Então vê-se essas cinco tentativas, todas infrutíferas que podem ter gerado descontentamento do empresário. Mas, por outro lado, mostra um governador que baseia sua administração na legalidade, na transparência e na moralidade, quando não fecha nenhum contrato com o empresário Alan Malouf e com a sua família”, frisou.

 

Wilson ainda desmentiu a declaração de Allan em que alega que o governador recebeu durante a campanha de 2014, R$ 3 milhões de propina da cervejaria Petrópolis. O parlamentar assegurou que este valor, entretanto, entrou como uma doação legal plenamente declarada, analisada e aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral.

 

Ele também desmentiu que o empresário Willians Mischur – dono da Consignum – tenha repassado R$ 900 mil para o primo do governador e ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, que teria ficado com esse dinheiro, não encaminhando para a campanha do tucano em 2014.

 

“O Mischur, em depoimento ao Ministério Público, para o promotor Mauro Zaque, negou tudo isso. Tanto que Zaque pediu o arquivamento que só pode ser feito se o Conselho Superior do MP aceitar. Então, esse pedido foi relatado pela procuradora Eliana Maranhão que solicitou o arquivamento e por unanimidade o Conselho arquivou a denúncia de que Mischur havia dado dinheiro a Paulo Taques”, explicou.

 

Wilson ainda assegurou que todas as respostas daqui por diante serão dadas, pautadas em documentos oficiais. E que ainda faltam respostas – quanto a delação de Malouf, porque foi por ela que a deputada Janaina Riva se baseou para protocolar o pedido de afastamento do governador tucano -, sobre o Posto Marmeleiro, a Consignum e demais itens como a operação Rêmora que investiga as fraudes em licitações na Secretaria Estadual de Educação para obras de reforma e construção em escolas públicas.

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