Wellyngton Souza
O vereador por Cuiabá, Renivaldo Nascimento (PSDB), afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada para investigar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), se tornou um verdadeiro circo logo na primeira oitiva nesta quarta (7).
"Aqueles vereadores ficam lá tumultuando a CPI e fazendo graça para imprensa, criam situações e certas inverdades. É um circo realmente”, disse após a troca de insultos e muitas discussões entre os parlamentares de oposição contra, Adevair Cabral (PSDB), responsável pela relatoria e da base aliada de Emanuel.
As discussões acirraram porque o servidor da Assembleia Legislativa, Valdecir Cardoso, o primeiro a depor na CPI não compareceu, por estar em viagem com a família. O ofício informando ausência do servidor deveria ter sido entregue no gabinete do presidente da Comissão, Marcelo Bussiki (PSB), no entanto, foi parar na sala de Adevair.
O servidor pediu para ser ouvido somente depois do dia 20 de fevereiro. Ele é o responsável pela instalação da câmera que flagrou deputados estaduais recebendo e cobrando suposta propina do ex-chefe de gabinete do ex-governador, Silval Barbosa, Silvio Cézar.
“Todo mundo sabe o que eu penso, mas prefiro nem tocar muito nesse detalhe. Mas aqueles vereadores ficam lá tumultuando a CPI e fazendo graça para imprensa, criam situações e certas inverdades. É um circo realmente”, declarou Renivaldo.
O clima começou a esquentar ainda mais quando os vereadores pediram o afastamento de Cabral da CPI, podendo ainda se tornar alvo na Comissão de Ética. Para alguns membros, a conduta pode ser crime de prevaricação. "Tem procedimento formal e temos que cumprir. Primeiro ele solicitou as reuniões fechadas da CPI e agora recebe documento e não repassa conforme protocolo. Isso está claro que é obstrução da Justiça. A gente não vai deixar que ela tenha cheiro de pizza", afirmou o vereador Felipe Welaton (PV).
Os próximos a serem ouvidos na Câmara é Silvio Cézar no próximo dia 16 e o ex-governador no dia 23. O prefeito de Cuiabá, não foi intimado e com isso não é obrigado a comparecer nas oitivas.
Um dos depoimentos mais esperado é do ex-gestor estadual, Silval Barbosa, que na última semana confirmou que irá responder a todos os questionamentos já prestados na delação premiada, homologada em agosto de 2017, pelo ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF).
A CPI foi aberta contra o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), à época deputado estadual, que aparece recebendo maços de dinheiro, chegando a esconder parte dele no bolso do paletó - origem que deu nome à investigação.
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