Claryssa Amorim
Única News
A senadora Selma Arruda (Podemos), que teve o mandato cassado na noite dessa terça-feira (10) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que a decisão é a consequência de ter desempenhado ações durante sua carreira como juíza de Mato Grosso.
Selma foi cassada, por 6 votos a 1, por crimes de caixa dois e abuso de poder econômico no período de pré-campanha em 2018. Primeiramente, a juíza aposentada e seus suplentes, Gilberto Possamai e Clérie Fabiana Mendes, foram cassados na esfera estadual, em abril deste ano, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso, por unanimidade. Em seguida, foi encaminhado para julgamento do TSE.
"Recebo a notícia sobre a cassação pelo TSE com equilíbrio, respeito e serenidade, mas com a convicção de que, mesmo diante de tudo, eu e todos que defendem o combate à corrupção saíram vitoriosos", disse Selma Arruda.
A senadora ainda declarou que a decisão do TSE não passa de uma "perseguição política", durante sua atuação como juíza em Mato Grosso, pois prendeu várias pessoas "poderosas".
"Fui alvo de perseguições políticas e, por ter sido eleita, sofri as consequências pelas ações desempenhadas durante atuação na magistratura de Mato Grosso", comentou.
Votaram a favor da cassação os ministros Og Fernandes (relator), Luiz Felipe Salomão, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, Sérgio Silveira Banhos, Luiz Roberto Barroso e Rosa Weber. O único a votar contra a cassação, foi o ministro Edson Facchin, que discordou de diversos pontos e alegou que não ficou comprovada ilegalidade nos atos da então candidata.
Com a decisão, Selma ainda pode recorrer ao próprio TSE ou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros também decidiram pela realização de novas eleições ao cargo. Sendo asism, cabe agora ao TRE marcar, em até 40 dias, uma nova data para realização das eleições para senador, que devem ocorrer em 2020.
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