Wellyngton Souza
(Foto: AL-MT)
O deputado estadual Jajah Neves (PSDB) solicitou uma perícia técnica para que comprovasse o teor da gravação em que aparece dizendo que é obrigado a devolver a verba indenizatória (de R$ 65 mil) ao deputado licenciado e secretário de Cidades, Wilson Santos (PSDB).
O vídeo com a denúncia de Jajah circulou nas redes sociais e grupos de WhatsApp formado por jornalistas, advogados e políticos no último dia 11 de janeiro. A resposta de Jajah disseminada nesta última terça (23), nesses mesmos grupos, causou uma certa estranheza, visto que, apesar do deputado negar as acusações, a montagem é com a própria voz do parlamentar.
O conteúdo foi enviado ao perito criminal, Ricardo Molina de Figueiredo, responsável por desvendar o assassinato do PC Farias. O perito estava nos últimos dias fazendo parte de uma reportagem no Fantástico analisando áudios do presidente da República, Michel Temer e do empresário Joesley Batista. Conforme Molina, trata-se de montagem fraudulenta e sem valor jurídico.
"O vídeo é uma montagem fraudulenta materialmente, portanto é um vídeo criminoso. Juridicamente essa gravação não teria valor nenhum. Ela é como se fala no jurídico 'imprestável' e se um dia aparecer o autor certamente será processado por dois crimes, cibernético de falsidade documental", disse o perito.
O deputado afirma que solicitou uma análise técnica para provar sua inocência. "Eu solicitei ao perito para que pudesse fazer laudo técnico e me dar a conclusão. Resultado, eu fui vítima de um áudio fraudulento e criminoso. Tem muita gente que usa de maldade por interesse político, parece até que não tem Deus no coração. Essa não foi a primeira e certamente não será a última vez que vão tentar destruir a minha imagem, mas a luta continua", ressaltou.
O deputado Wilson Santos encaminhou à Assembleia Legislativa dois ofícios para que seja investigado após a polêmica do áudio. O documento, segundo Wilson Santos foi entregue ao presidente da Casa, Eduardo Botelho (PSB) e ao presidente da Comissão de Ética da AL, Leonardo Albuquerque (PSD).
"Os dois ofícios tinham o mesmo teor, eu solicito ao presidente da AL e ao presidente da Comissão de Ética que me investiguem. Que vão a fundo nessa investigação. Eu tenho 30 anos de vida pública e nunca tive meu nome envolvido em mensalinho e mensalão".
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