Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2019, 21:55 - A | A

20 de Fevereiro de 2019, 21h:55 - A | A

POLÍTICA / PASSARÁ POR SABATINA E VOTAÇÃO

Guilherme Maluf é o indicado para o TCE pelo Colégio de Líderes

Euziany Teodoro
Única News



O Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa escolheu o indicado para a vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) em reunião na noite desta quarta-feira (20). Guilherme Maluf (PSDB) foi o indicado e passará por sabatina na terça-feira (26), depois terá seu nome votado em plenário.

Todos os 24 deputados registraram o voto e, com o apoio de onze deputados, foi escolhido Maluf. Max Russi recebeu dez votos; o juiz Eduardo Calmon recebeu dois votos; e um dos deputados votou em branco.

“Quero parabenizar os candidatos que estiveram presentes comigo na disputa. Pessoas que engrandeceram o debate e também parabenizar a Mesa Diretora. Nunca tivemos um rito tão transparente e detalhado como esse. Agora é me preparar para ir a plenário passar pela sabatina”, afirmou Maluf, ao sair do Colégio de Líderes.

Ele precisa de 13 votos para que seu ato de indicação seja sancionado pelo governador Mauro Mendes (DEM). “Vou fazer a mesma ação politica que fiz na campanha. Conversar com os colegas. Vou em busca dos dois votos que faltaram, por maioria simples. Fazer um trabalho de debate, ver o que esperam e mostrar minhas propostas”, disse.

Discursos

Os indicados: deputados Guilherme Maluf (PSDB), Max Russi (PSD), Sebastião Rezende (PSC) e Dilmar Dal Bosco (DEM), e de fora da casa, o juiz Eduardo Calmon e o contador Luiz Mário de Barros, puderam explanar sobre suas propostas e defesas aos demais deputados e, em seguida, foram votados. Cada candidato teve dez minutos para a explanação.

Sebastião Rezende foi o primeiro a falar e, mesmo após explanar sobre sua vida pública, propostas ao TCE e defender a judicialização do processo, retirou seu nome da disputa. Segundo ele, o dia foi marcado por “baixarias demais”.

Luiz Mário de Barros disse que tomou o posicionamento de se candidatar mediante sinal divino. “Em reunião de nossos bispos, ficou marcado em meu imaginário uma frase que foi dita, de que devíamos estar mais ativos nas políticas públicas”.

Guilherme Maluf, um dos principais nomes na disputa, foi o terceiro a falar. Ele discorreu sobre sua formação em medicina e vida pública, estando no quarto mandato como deputado estadual, o que acredita tê-lo credenciado para concorrer à vaga. “Temos um TCE muito punitivo e distante dos municípios, que penam muito com multas e sanções. Os prefeitos precisam estar mais presentes no Tribunal e vice-versa. Quero ajudar a fazer um Tribunal mais político e que entenda a realidade dos municípios”.

O juiz Eduardo Calmon também confirmou sua candidatura, sob indicação do deputado Ulysses Moraes (DC). Ele falou sobre sua vida no judiciário mato-grossense e disse acreditar que sua nomeação ao TCE seria atender ao clamor da sociedade, que pede agentes públicos sem embaraços jurídicos e atos de corrupção.

Max Russi foi o quinto a falar. Ele confirmou sua candidatura, mas disse que nunca havia passado por sua cabeça concorrer ao cargo. “Entendo o apoio dos onze deputados que assinaram a minha indicação e temos que ser leais a esse desafio e assumir o risco”. Ele citou seu conhecimento sobre as cidades de Mato Grosso e, assim como Maluf, defendeu um TCE mais político.

O deputado Dilmar Dal Bosco foi o último a falar ao Colégio de Líderes. Ele falou sobre não ter anos suficientes de vida pública para serem considerados ao rito, que prevê dez anos. Ele começou em 2011. Dal Bosco agradeceu ao deputado Romoaldo Junior (MDB) pela indicação, mas também retirou seu nome da disputa.

Quarta-feira movimentada

A quarta-feira foi marcada por confusão na Assembleia Legislativa. A vaga ao TCE tem causado alvoroço entre os deputados.

Durante o inicio da tarde, a expectativa era o relatório da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), em que seriam apresentados os indicados aprovados e os reprovados, conforme lista de documentos e aspectos técnicos.

O relator do parecer foi o deputado Wilson Santos (PSDB), que deferiu apenas as candidaturas de Guilherme Maluf e do juiz Eduardo Calmon que, segundo ele, foram os únicos a apresentar a documentação completa.

O parecer foi motivo para grande confusão na reunião da Comissão. Janaina Riva (MDB) afirmou que o relatório era uma fraude e uma tentativa de fazer com que Guilherme Maluf vencesse por “w.o.”, eliminando todos os demais concorrentes em potencial. O parecer foi reprovado por 4 votos a 1.

Um relatório substitutivo foi feito, sob relatoria do deputado Sílvio Fávero, colocando todos os seis nomes para avaliação do Colégio de Líderes. Este foi aprovado por 3 votos a 2.

Wilson Santos, que votou contra, alertou: Quero alertar, para que depois não tenham problemas com a Justiça, que estamos aprovando aqui nomes que não completaram a documentação. A decisão deixou de ser técnica e passa a ser política. Se amanhã ou depois, quando um dos escolhidos assumir, poderá ser questionado sobre a documentação necessária.

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