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POLÍTICA Terça-feira, 07 de Agosto de 2018, 13:05 - A | A

07 de Agosto de 2018, 13h:05 - A | A

POLÍTICA / MANOBRA DE EXPERIENTE

Estrategista, Wilson pede CPI e tumultua pedido de investigação contra Taques

Luana Valentim e Marisa Batalha



(Foto: AL-MT)

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Em uma sessão tumultuada e em uma manobra de estrategista, o tucano Wilson Santos, vice-líder do governo, na Casa, também apresentou nesta terça-feira (07), um pedido de abertura de CPI para investigar suposta rede de escutas ilegais em Mato Grosso, mas que começasse em 2011, data apontada como início dos grampos.

 

A ideia era se contrapor a apresentação do requerimento, com 10 assinaturas asseguradas pela deputada emedebista, Janaina Riva, para a abertura da CPI que deverá apurar suposta participação do governador Pedro Taques (PSDB), no esquema de interceptações ilegais telefônicas.

 

Com troca de farpas, Santos chegou a garantir que havia recolhido assinaturas de dez líderes partidários na Assembleia Legislativa para abrir a comissão, no entanto, segundo a líder da oposição, Janaína Riva (MDB), o requerimento foi uma manobra para minar a articulação. E que ao constatar o documento verificou que nela não havia nenhuma assinatura. 

 

“Assim que percebi que o requerimento apresentado por Wilson Santos não tinha nenhuma assinatura, prontamente apresentei o meu requerimento, que tem nove assinaturas. O líder do governo fez uma manobra para tirar o foco da CPI do governador”, disse Janaína Riva.

 

Sem medir palavras a parlamentar chegou a usar a tribuna para dizer a Wilson Santos que sua 'manobra teria sido desrespeitosa e realizada como forma de defender o seu patrão, o governador Pedro Taques'. E que o objeto de seu requerimento seria a participação do governador na grampolândia pantaneira.

 

A parlamentar que precisava de pelo menos oito assinaturas para dar legalidade ao requerimento, conseguiu além da dela, a dos deputados Ademir Brunetto (PSB), Allan Kardec (PDT), Dilmar Dal’ Bosco (DEM), Romoaldo Júnior (MDB), Sebastião Rezende (PSC), Wagner Ramos (PSD), Zeca Viana (PDT), Zé Domingos (PSD), Valdir Barranco (PT).

 

A parlamentar emedebista pretende pedir o impeachment de Taques, após o depoimento de mais de seis horas dados à Justiça, pelo cabo da Polícia Militar, Gerson Ferreira Corrêa Junior, no último dia 28, em que cita a participação efetiva do governador tucano no esquema de escutas telefônicas ilegais em Mato Grosso.

 

Paralelamente, Wilson diz que seu requerimento também possui dez assinaturas, a maioria de parlamentares da base governista, como Saturnino Masson, Guilherme Maluf, ambos do PSDB, e Leonardo (SD), atual líder do governo.

 

Regimento Interno

 

Ainda trabalha contra a possível instauração da CPI contra Taques, algumas exigências contidas no regimento interno do Parlamento. Aliás, apontadas na sessão pelo deputado Oscar Bezerra (PV) que questionou a validade do requerimento da deputada, devido o número de comissões[três] já em andamento na Casa, número limite permitido pelo regimento interno.

 

“A instalação de nova CPI teria que arquivar uma das CPIs em andamento e para isso é necessário analisar os relatórios para saber como está o andamento dos trabalhos, antes disso não é possível abrir nova comissão”.

 

Wilson Santos diz que o seu pedido tem prioridade, pois fora apresentado em plenário antes do requerimento da líder da oposição. “Eu cheguei nesta casa às 7h30 porque queria me registrar como o primeiro a falar no plenário, eu respeito no regimento interno. E se for para seguir o regimento, o meu pedido vem antes do da Janaína”.

 

Já o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), que vem deixando claro que ainda que esteja em lado oposto ao de Taques nestas eleições, não fará uma campanha de xingamentos, em conversa com jornalistas deixou claro que vai seguir as regras do regimento interno, ou seja, vai se posicionar tecnicamente.

 

 E ainda que irá analisar os requerimentos para decidir qual será acatado para a instalação da CPI, seguindo os critérios do regimento interno. “Eu repito o que venho dizendo sempre, que sou escravo da Constituição e do regimento interno e vou segui-los para decidir sobre a CPI”.

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