Cuiabá, 05 de Maio de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 03 de Março de 2022, 17:05 - A | A

03 de Março de 2022, 17h:05 - A | A

POLÍTICA / CPI DA SONEGAÇÃO

Em oitivas com conselheiros da Aprosoja, Wilson aponta mal uso de recursos

Thays Amorim
Única News



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal realizou, nesta quinta-feira (03), uma oitiva com três conselheiros da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), José Guarino Fernandes, Naildo da Silva Lopes e José Cassol. Segundo o presidente da investigação, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), ficou “claro” que houve mal uso de recursos pela entidade.

O depoimento foi acompanhado de muita cautela nas respostas, apesar do “aperto” da CPI. Em muitos momentos, os conselheiros se entreolhavam e hesitavam na hora de responder aos questionamentos.

“Olha, nós observamos que os conselheiros tiveram muito cuidado, muito dedo. Mas ficou claro de que houve, sim, malversação de recursos dentro da diretoria da Aprosoja. Nos sugeriram que nós solicitemos auditoria externa que foi feita especialmente em 2020, e todas as atas onde os conselheiros fizeram todas as manifestações sobre as irregularidades e as ressalvas”, apontou.

Uma auditoria externa, contratada pela própria Aprosoja, apontou que a gestão de Antônio Galvan, entre 2018 e 2020, teve pelo menos 126 contratos com irregularidades, de um total de 171. O conselho fiscal da entidade é responsável por analisar as contratações e possíveis irregularidades, optando pela aprovação ou reprovação.

Em coletiva à imprensa, Wilson citou um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que considera que parte dos recursos da Aprosoja é decorrente de dinheiro público, por meio do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).

Um dos objetivos das oitivas era saber se recursos públicos foram utilizados em atos contra a Suprema Corte. Contudo, os conselheiros negaram conhecer a história, já que a polêmica envolvendo Galvan e os protestos antidemocráticos vieram à tona em agosto do ano passado – quando os conselheiros já não faziam parte da diretoria.

“Nós temos até o final de maio para terminar os trabalhos da CPI, nós temos tempo e é uma das sugestões que surgiram aqui. Até porque o bloqueio das contas da Aprosoja Brasil e Mato Grosso foi em setembro de 2021. Nós questionamentos os conselheiros, eles alegaram que não eram conselheiros de 2021, então, não tínhamos como apertar mais. Mas queremos saber dos atuais conselheiros, o que isso implicou nas contas da Aprosoja”, pontuou o presidente da CPI.

Galvan também foi um dos depoentes na CPI, em setembro do ano passado. O então presidente da Aprosoja negou que a instituição receba recursos públicos.

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia