Thays Amorim
Única News
Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovaram uma moção de repúdio ao ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por discurso de ódio, incitar violência à população, dentre outras acusações. A sessão foi marcada pelo debate da medida entre os deputados Gilberto Cattani (PL), autor da proposta, o Lúdio Cabral (PT) e Valdir Barranco (PT).
A moção de repúdio foi apresentada por incitação ao discurso de ódio, após supostamente “ameaçar as famílias brasileiras”, por apologia ao crime, defender o aborto, dentre outras acusações. Ao usar a tribuna, Barranco rebateu as afirmações e destacou que Lula não incitou discurso de ódio ao defender que o eleitor cobre “deputados na porta de casa”.
“Impressionante, quando falta o que fazer, deputado vem aqui... Não é a primeira vez que o deputado Cattani faz isso, vem apresentar moção de repúdio. [...] Sou contra, isso [moção de repúdio] é desespero de quem está do lado de lá, vendo o presidente Lula disparado nas pesquisas, diminuindo a sua rejeição, enquanto o Bolsonaro só cai e aumenta a rejeição, porque o povo não aguenta mais fome, miséria, mais violência, um presidente que não nos representa, fascista, genocida, e é por isso que o desespero bateu”, classificou Barranco.
Cattani citou a fala recente de Lula ao defender que todo mundo deveria ter direito ao aborto, classificando como “assassinato de bebês”. Posteriormente, o ex-presidente disse ser contra a medida, mas que a questão deve ser tratada como política de saúde pública.
“Eles não gostam dessa palavra, assassinato de bebês ou de crianças no ventre da sua mãe. Eles usam um termo mais genérico, tratam de aborto de feto, porque o impacto é outro. Isso no nosso país é crime, e isso é incitação ao crime, ao dizer que uma mulher não precisa ter vergonha de matar seu filho na barriga. Quando se fala sobre os parlamentares, ele pediu para que 50 pessoas fossem às casas dos parlamentares incomodarem a tranquilidade das suas esposas e dos seus filhos. Se isso não é apologia à violência, então, ela nem existe”, disse.
Além de Lúdio e Barranco, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) também se posicionou contra a moção de repúdio. O deputado João Batista (Progressista) foi o único que se absteve de votar.
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