Mayara Campos
Única News
Cinco vereadores por Sinop (a 480 km de Cuiabá) estão sendo acusados de invadir a Secretaria Municipal de Saúde, de forma agressiva e com câmeras, para fiscalizar uma suposta denúncia de remédios vencidos comprados pela Pasta, na quarta-feira (16). O caso foi registrado em um boletim de ocorrência pela diretora da Atenção Primária, da Saúde.
De acordo com as informações, os vereadores Elbio Volkweis, Mario Sugizaki, Célio Garcia, Lucinei Amaro e Paulinho Abreu entraram na sede da Secretaria por volta das 8h30. Além deles, haviam duas pessoas portando câmeras para filmar toda a ação.
Conforme o relato dos servidores, a abordagem dos parlamentares foi agressiva e abusiva, causando “constrangimento e pânico entre os funcionários”.
Durante a invasão, o vereador Mário Sugizaki afirmou que recebeu uma denúncia de que havia ali medicamentos de tabagismo e anticoncepcionais vencidos. No entanto, a Pasta informou que que estes tipos de medicamentos só são distribuídos em farmácias populares.
“A comunicante narra que eles já entraram na secretaria com as câmeras ligadas, e que o vereador Célio Garcia foi abrindo armários, gavetas, caixas, usando de sua autoridade como vereadores para amedrontar, e coagir pessoas presentes”, diz trecho do boletim de ocorrência.
Por fim, a relatora disse ainda que os servidores tiveram que ligar para a responsável pelo programa de tabagismo, pois o vereador Elbio Volkweis exigia uma explicação naquele momento. Os funcionários estavam amedrontados. Além disso, a servidora contatada está fazendo um tratamento de quimioterapia devido a um câncer.
A ligação também foi inteiramente gravada pelos vereadores. A comunicante do caso à polícia, precisou de tratamento médico por conta de toda a situação.
Outro lado
O vereador Mário Sugizaki disse à imprensaque não houve qualquer tipo de constrangimento ou coação por parte dos vereadores que foram até o local. Segundo ele, o grupo de vereadores conseguiu localizar caixas de remédios que estavam vencidos, e tudo foi feito de maneira respeitosa.
“Precisa de autorização para entrar na Secretaria? Não precisa de autorização e nós não chegamos acusando ninguém, fomos lá e perguntamos, muitas delas [servidoras] não souberam responder, fomos no almoxarifado e de fato tinha medicamentos vencidos”, afirmou.
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