Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Quinta-feira, 15 de Fevereiro de 2018, 17:58 - A | A

15 de Fevereiro de 2018, 17h:58 - A | A

POLÍCIA / TIROTEIO NA UPA

Secretário diz que TAC não obriga Sesp a colocar PMs em unidades de saúde e desmente Pinheiro

Daffiny Delgado



Gcom

gUSTAVO GARCIA SESP

 

O secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia retrucou com veemência que o Governo do Estado tenha alguma culpa quanto ao lamentável episódio ocorrido na última terça-feira (13), quando a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morada do Ouro, foi invadida por três criminosos, numa tentativa fracassada de resgatar o preso José Edmilson, reeducando do Centro de Ressocialização de Cuiabá, que foi levado ao local para ser medicado. A ação que deixou cinco feridos, dois deles internado em estado grave está sendo investigada pelas polícias Civil e Militar.

 

Em um espaço de 24 horas, após a coletiva realizada nesta última quarta-feira (14), o secretário fez questão de reiterar hoje, quinta (15), em uma nova coletiva na Sesp, que apesar do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a Capital e o Estado, a responsabilidade em manter a segurança dentro das unidades de saúde em Cuiabá é da prefeitura.

 

A defesa mais afiada realizada hoje pelo secretário, foi em resposta às declarações feitas pelo gestor cuiabano, Emanuel Pinheiro, realizadas um pouco depois que ele[Garcia] havia conversado com os jornalistas. Para gestor cuiabano, o que ocorreu na última na unidade de saúde foi uma 'tragédia anunciada'. E que o local é de responsabilidade da Segurança Pública do Estado. E sem poupar o governo do Estado, o prefeito jogou toda a responsabilidade da culpa nas mãos da Sesp. Sob a alegação de que não estaria jogando pedra, 'mas era necessário colocar os pingos nos is e separar o joio do trigo'.

 

Ainda declarando ainda, que houve imprudência por parte da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, já que a Secretaria de Saúde ou direção da UPA não foram comunicadas sobre o preso que estava sendo levado para atendimento na unidade, o que infringe o procedimento padrão para garantir a segurança de pacientes e servidores.

 

Já Garcia garante que a atividade policial dentro das unidades passa por vários requisitos, que constam dentro do TAC, que foi estabelecido, à época, pelo Tribunal de Contas do Estado. Por isso está previsto na Constituição que a prefeitura deve resguardar a segurança do seu patrimônio. Por isso que alguns municípios têm a sua Guarda Municipal. ‘É assim que funciona, não ao contrário como estão tentando fazer crer’, ressaltou.

 

A tentativa de resgate aconteceu ainda no período do carnaval, na última terça-feira (13), onde três criminosos invadiram a UPA, armados, e renderam uma mulher. Até o momento, o que se sabe é que a intenção dos suspeitos era de resgatar o preso José Edmilson Bezerra Filho, 31 anos.

 

Durante a confusão, cinco pessoas, entre elas um bebê de seis meses, foram baleados. Dois desses ainda seguem internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro de Cuiabá.

 

No momento do ataque, não tinha nenhum segurança na unidade. O policial militar que seria designado para a proteção do local, não compareceu.

 

Presente a coletiva, o comandante-geral da Polícia Militar, Marcos Vieira da Cunha, também afirmou que a PM não tem controle sobre o número de militares que se disponibilizam para a jornada voluntária, nem como funciona a escala. Segundo ele, isso tudo é responsabilidade da prefeitura.

 

“Nós da Polícia Militar abrimos o quadro de voluntários, conforme a demanda do município, mas quem faz a convocação, a escala e o pagamento desses profissionais é a Prefeitura de Cuiabá. Ou seja, toda a governança é de responsabilidade do Executivo municipal”, explicou.

 

Outro Lado

 

A reportagem entrou em contato com o secretário de Ordem Pública do Município, coronel Leovaldo Sales, que admitiu que a unidade da UPA da Morada do Ouro não conta com um policiamento permanente devido à falta de recursos.

 

Segundo ele, hoje Cuiabá conta com 42 policiais militares que trabalham na jornada voluntária e que as únicas unidades de saúde que têm policiamento permanente e 24h por dia são o Pronto Socorro e a UPA do Verdão.

 

 

“Infelizmente o município não tem condições de manter um militar 24h por dia em todas as unidades de saúde. No entanto, o provedor da segurança pública é do Estado, isso está na Constituição Federal. Agora, o município pode subsidiar, apoiar essa segurança pública como tem feito em Cuiabá através da jornada voluntária”, explicou.

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