Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Domingo, 25 de Março de 2018, 10:57 - A | A

25 de Março de 2018, 10h:57 - A | A

POLÍCIA / MUNDO CÃO

Mulher é presa após contratar guardas para matar marido e o amante

Da Redação



(Foto: PJC-MT)

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Cléia Rosa dos Santos Bueno, 34, que teria contratado os guardas noturnos José Graciliano dos Santos e Adriano dos Santos para matarem seu marido e um ano mais tarde seu amante, acabaram presos neste último sábado(23).

 

A prisão foi efetuada por policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf),  com apoio da Divisão de Homicídios, Núcleo de Inteligência e policiais do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra) em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá).

 

Os dois homens supostamente contratados por Cleia acabaram confessando - com detalhes -, como mataram  o amante, Adriano Gino, de 29 anoso homicídio, em dezembro do ano passado. E ao detalhar o assassinato, confessaram que mataram Adriano com golpes de enxada, depois colocaram o corpo no carro e o enterraram em uma estrada na zona rural. Levando, inclusive, os policiais ao local. Dentre o pagamento para a morte, a mulher ofereceu um chevrolet Prisma, que foi apreendido pelos policiais.

 

Os dois teriam forjado um latrocínio para atrapalhar as investigações da polícia. As suspeitas foram confirmadas depois das investigações.

 

No local indicado pelos suspeitos, os policiais encontraram o corpo de Adriano Gino, enterrado em uma cova rasa. A motocicleta da vítima foi encontrada totalmente queimada e também estava enterrada.

 

A vítima estava desaparecida desde o dia 15 de dezembro de 2017. A mãe dele  registrou boletim, no dia 23 de dezembro, informando que o filho havia saído para trabalhar e não retornado mais para casa. O celular dele tinha sido  desativado e conta no whatsapp apagada.

 

Os mandados de prisão preventiva, expedidos pela 1º Vara Criminal de Sinop, foram cumpridos em endereços nos bairros Jardim Primavera e Jardim Florença, locais onde também foram realizadas buscas e apreensão, sendo apreendidos celulares, um revólver calibre 32, R$ 1822, 00, em espécie, e um tablet.

 

Já o marido de Cléia,Jandirlei Alves Bueno, morreu aos 39 anos, em circunstâncias que levantaram suspeita da família. No dia 14 de outubro de 2016 ele teria sofrido um assalto e teve duas perfurações de faca na região do abdômen, quando deu entrada no Hospital Regional de Sinop. Depois de ficar na Unidade de Terapia Intensiva por quase dois meses, morreu no dia 12 de dezembro de 2016.  

 

Na ocasião do roubo à residência,   a esposa Cleia Rosa dos Santos Bueno, em suposto estado de choque, alegou não saber informar as características dos suspeitos e como teria ocorrido o roubo na casa. Ela apenas relatou que um dos suspeitos havia tentado enforcá-la.

 

Entendendo o caso

 

Segundo as investigações, conduzidas pelo delegado, Ugo Ângelo Reck de  Mendonça, Cléia armou primeiro com o amante para assassinar o marido, simulando um latrocínio, visto que ela desejava se separar de Jandirlei.

 

Em fevereiro de 2016, a mulher teria registrado um boletim de ocorrência, revelando que  ao pedir a separação do marido, acabaram brigando, após discussão se ela teria outro e, sobretudo, pelo fato de ela ter acenado positivamente, ainda que sob a justifificativa de que ele (o marido)teria 'dado espaço' para que isto ocorresse. Quando ele de acordo com o BO , "surtou" e começou a xingá-la, chegando a pegar uma faca e ameaçá-la.

 

Conforme o delegado, a família do marido desconfiava, mas a Polícia Civil somente conseguiu confirmar as suspeitas, após descobrir que o amante [Adriano] e o marido [Jandirlei] estabam mortos.

 

"Os dois crimes foram motivados por brigas fúteis entre amante e marido. Em relação a morte do marido, ela se mostrou um pouco arrependida. Já o outro crime disse que faria novamente”, informou o delegado.

 

A mulher alegou ainda que após o amante passar a morar com ela, o comportamento dele teria mudado e passou a ameaçá-la de morte caso o deixasse, assim como teria, nas ameaças, falado que iria matar seus filhos e sua mãe.

 

Os três vão responder por homicídio qualificado, destruição, subtração e ocultação de cadáver. José Graciliano dos Santos foi ainda autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo, por ter sido encontrado em sua casa um revólver calibre 32.

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