Cuiabá, 29 de Maio de 2024

GERAL Terça-feira, 03 de Maio de 2022, 08:19 - A | A

03 de Maio de 2022, 08h:19 - A | A

GERAL / APÓS IMAGENS DE MORTANDADE

Hidrelétrica de Manso é multada em R$ 5 milhões por morte de peixes; veja

Abraão Ribeiro
Única News



A Usina Hidrelétrica de Manso foi multada em R$ 5 milhões pela Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) por conta da morte de grande quantidade de peixes. Na vistoria, os técnicos identificaram marcas de traumas nos corpos das espécies, como falta de escamas e animais sem a cabeça.

Os técnicos da Sema realizaram a vistoria no dia 30 de abril, após uma denúncia em vídeo viralizar. Segundo a equipe, a mortandade dos peixes foi causada por erros de operação nos hidrogeradores da usina.

As espécies mais afetadas foram Curimba ou Curimbatá do gênero Prochilodus, de acordo com a Sema.

Foi estabelecido que a usina recolha os peixes mortos do Rio Manso. A quantidade de animais ainda não foi possível de ser calculada, conforme os técnicos.

A multa

A multa de R$ 5 milhões foi gerada pela usina hidrelétrica “agir em desacordo com a licença ambiental obtida ou contrariando normas legais e regulamentos pertinentes”, diz a Sema.

A usina do Manso tem quatro geradores, e acionar ou desligar algum deles é considerada uma manobra.

Na ocasião em que os técnicos da Sema realizam a vistoria, a usina operava com os hidrogeradores 1 e 4.

Quando um gerador está desligado e vai ser acionado, segundo a Sema, é necessário que as comportas não sejam abertas para a entrada de peixes. Os geradores também só devem ser acionados sem os animais dentro.

O caso

Trabalhadores registraram a mortandade de peixes no Rio Manso, município de Chapada dos Guimarães (a 60 km de Cuiabá), no dia 29 de abril.

Furnas, empresa responsável pelo funcionamento da Usina Hidrelétrica de Manso havia informado, por meio de nota, que a movimentação de peixes do entorno é resultante do fenômeno conhecido como lufada.

A lufada é o fenômeno em que os peixes de pequeno porte se deslocam nos rios ou áreas alagadas em grande quantidade, se tornando presas fáceis pela pesca predatória.

O biólogo Helder Freitas explica que durante a lufada, os peixes ficam vulneráveis e, geralmente, são abatidos por aves. Entretanto, não é comum tantos peixes mortos assim boiando no rio.

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Álbum de fotos

Foto: Sema-MT

Foto: Sema-MT

Foto: Sema-MT

Foto: Sema-MT

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