Daffiny Delgado / Única News
Foto: Assessoria Sindspen
Pelo menos 100 servidores do Sistema Penitenciário de Mato Grosso se mobilizaram na tarde desta segunda-feira (25), em frente à Secretaria de Justiça Direitos Humanos (SEJUDH), em um ato público em repúdio às inúmeras denúncias de assédio moral dentro das unidades prisionais do Estado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, os servidores são constantemente ameaçados nas unidades, por se recusarem a realizar trabalhos arriscados.
Dentre as ameaças estão os Processo Administrativo (PAD) e transferências. "Por nos recursarmos a realizar trabalhos que colocam nossas vidas em risco, nós servidores somos constantemente ameaçados com PAD e transferência", afirmou.
O movimento faz parte da agenda de mobilização que começou na última quarta-feira (20), em frente à Penitenciária Central do Estado (PCE), onde os servidores da unidade protestaram contra a transferência de três agentes penitenciários lotados na unidade.
"Diante desse manifesto, esperávamos que a secretaria se posicionasse quanto ao ocorrido, mas eles se omitiram diante dos fatos. Nós estivemos com o secretário, ele pediu que documentássemos acerca de todo aquele fato e de outras denúncias de assédio moral, para que a secretaria tomasse providência”, ressaltou Batista.
O combate ao assédio moral, psicológico e emocional é importante porque eles ocorrem simultaneamente e deixam profundas sequelas. O assédio não é só entre chefe imediato e subalterno, também ocorrem entre colegas.
No Estado, hoje temos 80 servidores afastados de suas atividades por conta da prática, sem contar os que ainda continuam trabalhando e sofrem pressões psicológicas diariamente.
Hoje esse número é reduzido, antigamente já chegamos a ter 300 afastamentos. Segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho, a profissão do agente prisional é a segunda mais estressante do mundo.
O sindicalista disse ainda que, como se não bastasse a pressão por parte por presos, ainda tem a pressão por parte dos gestores. “Como se não bastasse a pressão constate por parte dos detentos, ainda sofremos pressão por parte dos nossos gestores. Então isso acaba reduzindo a capacidade do nosso profissional e sem contar a sua qualidade de vida”, finalizou.
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