Cuiabá, 26 de Abril de 2024

CIDADES Segunda-feira, 08 de Julho de 2019, 10:43 - A | A

08 de Julho de 2019, 10h:43 - A | A

CIDADES / NOTA DE REPÚDIO

CRM diz que médica estava ‘equivocada’ ao se dizer inocentada pela morte de verdureiro

Claryssa Amorim
Única News



O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) emitiu nota de repúdio, na manhã desta segunda-feira (08), após divulgação da assessoria de imprensa da médica Letícia Bortolini, que atropelou e matou o verdureiro Francisco Lucio Maia, informando que a entidade teria inocentado a acusada. O Conselho declarou que a defesa de Letícia teve interpretações equivocadas na divulgação de dados sigilosos.

A dermatologista, de 37 anos, responde a uma ação penal pelo atropelamento do verdureiro, de 48 anos, no dia 14 de abril de 2018, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. Ela dirigia embriagada, não prestou socorro à vítima e fugiu do local. Ela foi presa, quando chegava em casa, no bairro Jardim Itália.

Segundo a nota emitida pela assessoria de Letícia, na manhã de domingo (07), o Conselho de Medicina a teria inocentado, afirmando que ela não teria cometido nenhum tipo de infração ao Código de Ética Médica.

A nota da assessoria informa, ainda, que um conselheiro instrutor, nomeado pelo CRM para ser o responsável pela instrução do processo, informou que a “entidade não possui competência para analisar os fatos apresentados na denúncia contra a profissional”.

O Conselho esclareceu que não houve absolvição e nem arquivamento do processo ético-profissional até o momento. E que as informações dadas pela assessoria da médica são “inverídicas”.

“O CRM-MT vem a público repudiar a divulgação indevida e irresponsável de dados sigilosos relacionados à tramitação do Processo Ético Profissional que apura a conduta da Dra. Letícia Bortolini, seguida de interpretações equivocadas [...]”, cita a entidade.

Sobre a nota da médica dizer que um conselheiro teria afirmado que não é competência da autarquia analisar o processo, o Conselho informou que a defesa de Letícia arguiu uma preliminar de mérito e que o processo foi analisado pela assessoria jurídica da entidade, por meio de um parecer fundamentado.

“Desta forma, compete ao conselheiro instrutor receber o parecer jurídico e dar continuidade aos atos de instrução processual, agendando oitivas e produzindo as demais provas necessárias até encerrar a instrução e abrir prazo para as partes apresentarem alegações finais. Após, será marcada a sessão de julgamento, quando a preliminar arguida será discutida e votada, podendo inclusive ser rejeitada”, esclareceu o CRM.

Entenda o caso

No episódio, Letícia foi detida sob suspeita de estar alcoolizada na ocasião do acidente. Ela estava acompanhada do marido, o médico urologista Aritony de Alencar.

A médica permaneceu presa por dois dias no presídio feminino Ana Maria do Couto May, quando teve o pedido de defesa acolhido pelo desembargador Orlando Perri, sob argumento de que ela teria um filho de um ano de idade. Além de exames não apresentarem evidências de embriaguez e possuir “bons predicados pessoais”.

Devido a isso, o magistrado autorizou a soltura mediante o cumprimento de algumas medidas cautelares. Entre elas, a de comparecer mensalmente ao juízo, não frequentar bares e clubes, não ingerir bebidas alcoólicas e entorpecentes, além de não se envolver em outros delitos.

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Silvio Acosta 08/07/2019

Infelizmente o verdureiro que faleceu pelo jeito não tinha predicados pessoais, pq senão a Dra Letícia Bortolini, num pais sério estaria aguardando julgamento presa .Não importa se tem um filho pequeno, assumiu a responsabilidade no momento que pegou na direção bêbada. Uma vergonha.

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